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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Avião alemão pirateado nos anos 70 regressou a casa

O histórico avião "Landshut", da Lufthansa, que foi palco de um dos mais graves episódios do terrorismo na Alemanha nos anos 70, estava no Brasil e foi transportado dentro de um avião russo.




No dia 13 de outubro de 1973, 30 minutos depois de levantar voo de Palma de Maiorca em direção a Frankfurt, quatro homens armados com pistolas e granadas desviaram o Boeing 737-200 para a península árabe, numa atribulada viagem que teve cinco aterragens em cinco cidades diferentes para obter combustível. O destino final foi Mogadíscio, na Somália e, a bordo, seguiam 91 pessoas.


 O ataque pirata, levado a cabo por palestinianos ligados a um grupo terrorista da extrema-esquerda alemã, a RAF, pretendia forçar o Estado da Alemanha a libertar 10 membros deste gangue radical presos em Estugarda e dois palestinianos detidos na Turquia. Exigiam ainda 15 milhões de dólares.

A RAF tinha já sido responsável por raptos e outros atentados nesses anos de medo no país, que ficaram conhecidos como o "Outono Alemão". O grupo extremista ficou ligado ao assassínio de um procurador-geral alemão e e ao rapto e homicídio de empresários e bancários de relevo. Durante o ataque ao avião, o capitão do "Landshut" foi assassinado.

 
Mas o governo não cedeu às pretensões dos terroristas e tudo terminou cinco dias depois, com uma ação das GSG-9 , as forças especiais da polícia alemã, que conseguiram libertar os reféns, ferindo apenas quatro. Na operação morreram três dos terroristas.

 
O "Landshut" voltou ao serviço semanas depois e, em 1985, foi vendido à TAF, companhia aérea do Brasil. Deixou de voar em 2008 e ficou, até esta semana, estacionado no aeroporto de Fortaleza.

Agora, quarenta anos depois do ataque, o "Landshut" regressou à Alemanha. As operações de desmantelamento e transporte começaram em meados de setembro e, esta semana, chegou ao território alemão dentro de um avião de carga ucraniano Antonov AN 124. Vai ficar exposto num museu.


 A "libertação do 'Landshut' ficou, até aos dias de hoje, como um símbolo de uma sociedade livre, que não pode ser derrotada pelo medo e pelo terror", declarou Sigmar Gabriel, ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, depois do Boeing aterrar.














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