De tão liberal que é, a cidade francesa de Cap D'Agde ganhou o apelido de "Sodoma e Gomorra do século XXI".
Praia de Cap D'Agde: monumentos já demonstram o "dress code" (Reprodução/Divulgação)
Que tal passar suas férias em um lugar bem liberal e com, digamos, muita emoção? Há um destino tão libertino que ganhou os apelidos de “Capital Mundial do Sexo em público” e “Sodoma e Gomorra do século XXI”. Pois é, a Sin City, ou Cidade do Pecado, existe: chama-se Cap D’Agde e fica no sul da França, a cerca de 760 quilômetros de Paris. No domingo (23), uma reportagem especial do jornal El Español fez uma descrição minuciosa e bem curiosa desse balneário europeu. Lá, vale tudo: as pessoas andam nuas pelas ruas, podem transar nas praias de nudismo e fazer festinhas bem explícitas nas discotecas. Mas, ao contrário do refrão-hit do Tim Maia, tudo certo se for “homem com homem” e “mulher com mulher”.
Animação na área dos casais: todo mundo nu (Reprodução//Conheça a capital mundial do sexo em público/Divulgação)
A cada verão, Cap D’Agde recebe 40 000 turistas, a maioria
franceses, belgas, alemães e holandeses com cinquenta anos ou mais. Os
mapas entregues nos centros de informações turísticas mostram bem os
territórios: tem uma área de nudismo para famílias, swingers (proibidas
para menores) e homossexuais. Essas duas últimas são os cenários da
“pegação forte”. Logo nas preliminares, os casais costumam provocar a
participação dos espectadores. Nessa hora H, só não pode filmar ou
fotografar. Os poucos “paparazzi” que se atrevem a sacar a câmera ou o
celular normalmente têm seus aparelhos destruídos.
À noite, a festa continua. O dress code das discotecas
obriga os homens a entrar com calças e camisas. Para as mulheres, “tema
livre”, mas a maioria curte usar apenas os espartilhos. O lugar mais
badalado é a Le Glamour, que tem quartos, masmorras e gloryholes
(espaços com buracos nas paredes). Na boate, o celular é
proibido. Curiosamente, solteiros ganham uma pulseira verde e ficam
separados de casais ou “trisais”.
Casais na entrada da discoteca Le Glamour: o espartilho é o “uniforme”
delas (Reprodução//Conheça a capital mundial do sexo em
público/Divulgação)
Nesse território
livre, há uma discriminação. Grande parte dos solteiros em Cap D’Agde
“fica na mão”: a maioria dos turistas é casal de swing, e eles torcem o
nariz para pessoas desacompanhadas.
Outro problema: é uma cidade cara e, além disso, cobra
uma taxa de 45 euros (ou 162 reais) só para entrar nela. Para se ter uma
noção do custo, uma entrada na discoteca custa 60 euros (216 reais).
Para os solteiros, sobe para 90 euros (324 reais).
Cap D’Agde nem sempre foi essa animação toda. Até os anos
60, o lugar era uma vila de pescadores bem pacata e ninguém andava nu.
Depois, surgiram vários resorts com essa proposta “liberal”. O único
lugar em que é proibido fazer sexo em público é em um bairro, onde vivem
os “caiçaras”. Só isso. Durante o dia, moradores e turistas dispensam a
roupa, seja para ir à praia ou ao supermercado e farmácias.
Fonte: https://vejasp.abril.com.br/blog/sexo-e-a-cidade/conheca-a-capital-mundial-do-sexo-em-publico/