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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Estilista revela segredo da longevidade: "Tomar banho uma vez por semana"

Aos 76 anos, Vivienne Westwood é uma das estilistas mais famosas do mundo e ainda mantém a sua jovialidade.



Em entrevista ao jornal The Guardian, Vivienne Westwood revelou qual o segredo para a sua jovialidade.

Aos 76 anos, a estilista garante que o segredo está em ir poucas vezes à banheira. “Não tomem muitos banhos”.

O marido de Westwood esteve ao lado da estilista durante a entrevista e confirmou a teoria da esposa. “Ela só toma um banho por semana. É por isso que é tão radiante”, afirmou Andreas Kronthaler, que disse ainda que só toma banho uma vez por mês.


Não sabemos se o casal estava a brincar ou não, mas o certo é que esta não é a primeira vez que Vivienne Westwood fala sobre o facto de não tomar banho com frequência. “Eu não estou acostumada a tomar banho. Eu apenas me molho em algumas partes do corpo e logo começo o meu dia”, contou a celebridade no ano de 2014.




Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/fama/875887/estilista-revela-segredo-da-longevidade-tomar-banho-uma-vez-por-semana?&utm_medium=social&utm_source=facebook.com&utm_campaign=buffer&utm_content=geral

DA QUESTÃO DA CATALUNHA AO TABU DA UNIÃO IBÉRICA





Tem-se ultimamente dado conta com mais clarividência das intenções, cada vez mais intensificadas, de auto-determinação do povo catalão. A questão não é, nem de perto nem de longe, uma coisa recente, e não se afigura nos dias que correm, como algo passageiro, é sempre um tema que adormece e ressurge de tempos a tempos.


As lutas entre Espanha e partes de si própria que desejam ser donas do seu destino não é um assunto de agora. Durante décadas o terrorismo da ETA fez correr sangue por toda a Espanha em prol da luta pela independência do País Basco, terror que só viria a cessar em 2011 com a organização a declarar um cessar fogo definitivo, assumindo o fim da luta armada. A própria Galiza possui uma corrente nacionalista que também defende o direito de auto-determinação do povo galego. E hoje, outra corrente que há muito existe, o nacionalismo catalão é de todos os nacionalismos internos espanhóis, o que se faz ouvir mais alto. A questão que se coloca é: Porquê estas pulsões e sentimentos?


A resposta é simples à superfície, e complexifica-se à medida que se mergulha nela. Enveredemos pela simples.


A península ibérica é um espaço territorial onde coabita e coexiste um vasto leque de povos diferentes, porém próximos. Próximos porque o Império Romano aqui esteve presente, nesta península a quem deram o nome de Hispânia, durante mais de 600 anos, onde nela espalhou a sua cultura e firmou a sua língua (latim). Uniformizando as culturas já existentes numa só, colocando-as debaixo do mesmo Estado, da mesma língua e do mesmo culto (o politeísmo romano de culto ao imperador). Mais tarde, após a queda do Império Romano, que se havia dividido, o povo ibérico é invadido pelos povos Bárbaros do norte da Europa que estabelecem aqui o Reino Visigodo, reino esse que abraça o cristianismo, religião que já tinha sido estabelecida pelo Império Romano ainda antes do seu desaparecimento, bem como, não apaga o latim vulgar como língua do povo, embora as elites falassem Gótico. Por cá estiveram durante 300 anos sem afectar a religião cristã ou o latim vulgar. No ano 711 a península é conquistada pelos muçulmanos, que impõem uma nova língua (árabe) e uma nova religião (islamismo). No norte da península, os reis católicos dão início à reconquista, episódio que todos recordamos das aulas de história, o período mais acentuado da reconquista situa-se entre os anos 914 e 1250, terminando esta em 1492 com a reconquista de Granada, restituindo o cristianismo e o latim vulgar à totalidade da península ibérica.


Todavia este latim vulgar já começava a apresentar diferenças dentro de si próprio, diferenças que variavam de reino para reino. Começava a desenvolver-se a partir do latim vulgar o Galaico-Português (que posteriormente se dividiu entre Galego e Português), o Leonês, língua do reino de Leão (conhecido actualmente em Portugal por Mirandês), o Castelhano, o Aragonês e o Catalão.


Cada reino falante do latim vulgar começava a desenvolver as suas diferenças linguísticas e culturais, porém, essas diferenças, embora fossem notórias, era também notória ainda, a forte proximidade linguística e cultural dos povos peninsulares, que quando comparados com os seus “primos” latinos de França e dos Estados italianos, eram claramente povos irmãos que apenas apresentavam irrelevantes e mínimas diferenças culturais. E é a partir deste ponto que a história da península ibérica começa a complexificar-se.


Os reinos ibéricos começam a fundir-se. A primeira grande fusão acontece entre o reino de Castela e o reino de Leão. A segunda grande fusão acontece entre o reino de Castela/Leão e o reino de Aragão (reino composto por Aragão, Catalunha, Valência e Baleares). Outras fusões houve, porém, para manter o raciocínio simples vamos cingir-nos apenas a estas, pois são precisamente Castela, Leão e Aragão que cobrem quase a totalidade do território espanhol.


Não podemos de todo esquecer o povo basco, cuja cultura e língua são provenientes do período pré-romano, sendo a língua basca considerada língua primitiva.


Ao longo dos tempos o estatuto político dos vários reinos foi-se uniformizando, até chegar ao ponto de centralização em que hoje se encontram. No caminho, o reino de Castela que era o mais vasto e mais poderoso foi-se assumindo como o reino central de Espanha, país por onde espalhou a sua língua castelhana, especialmente a partir do século XVII, com especial ênfase para o período do regime de Franco, já no século XX, onde o Castelhano foi enfiado pela goela abaixo por toda a Espanha, ao mesmo tempo que todas as restantes línguas espanholas eram banidas da esfera pública. Até mesmo os nomes postos a bebés recém-nascidos tinham de ser obrigatoriamente nomes castelhanos, sendo proibidos os nomes nas restantes línguas. Toda esta repressão ainda hoje paira na memória dos espanhóis não castelhanos, particularmente, nos catalães, nos bascos, nos galegos, e nos andaluzes.


Paira na sua memória uma espécie de aversão ao alegado centralismo de Madrid. Este sentimento de revolta, motivado por uma sensação de aprisionamento ao dito centralismo castelhano, é no fundo a justificação que legitima os sentimentos de auto-determinação dos vários povos de Espanha que não se querem ver submetidos a um qualquer tipo de subordinação a Madrid, que os mesmos consideram injusta. O desejo que os move é tão somente o desejo de liberdade. O mesmo desejo que em 1640 movia os portugueses para restaurar a sua independência da coroa espanhola do Rei Filipe III.


Em suma, a questão da Catalunha, do País Basco, da Galiza e da Andaluzia é exactamente a mesma questão que, em 1640, motivou Portugal a abandonar pela força, a submissão à coroa espanhola. Porém, Portugal sempre se verificou suficientemente poderoso para conseguir desvincular-se de Espanha, e sobretudo, era suficientemente poderoso e diplomaticamente astuto para se conseguir manter independente. Estatuto de poder este, que estes reinos mais pequenos não conseguiam alcançar de modo a consubstanciar as suas intenções de liberdade.


Chegamos agora à seguinte questão. Qual foi o preço da nossa liberdade em 1640? Éramos finalmente livres de Espanha, mas tornámo-nos completos vassalos dos Britânicos, que foram quem nos ajudou a conquistar a tão desejada independência. Para um país pequeno como Portugal, essa “independência” teria sempre um elevado custo. Quem beneficiou com esta separação entre Portugueses e Espanhóis? Ingleses e Franceses com os seus impérios sem dúvida nenhuma.


E é aqui que chegamos à segunda parte do raciocínio. O tabu da união dos povos ibéricos. É um tabu, especialmente em Portugal, cuja história que contamos de nós próprios é um longo poema de ódio dedicado a Espanha. Interpretando a nossa Constituição da República Portuguesa, é considerado crime de traição à Pátria, qualquer tipo de tentativa de alienação da soberania de Portugal. É, portanto, tabu, e potencialmente, crime de traição, pensar sequer numa união entre Portugal e Espanha. Vamos chamar-lhe, a criação da Ibéria.


A Ibéria, passando a redundância, é aquilo que defendem os iberistas. Estes defendem que, por partilharmos laços culturais muito próximos, laços linguísticos muito próximos, e no fundo, por partilharmos o mesmo espaço geopolítico que é a península ibérica, espaço territorial isolado do resto do mundo por mar, e isolado da Europa pela barreira natural dos montes Pirenéus, deveríamos todos, por força das circunstâncias da nossa península, viver unidos. Pois como diz o ditado cliché, “unidos somos mais fortes e dominaremos, separados seremos mais fracos, e seremos dominados”.


A Ibéria seria no fundo um país de países, como o Reino Unido ou como a Alemanha. Um Estado federal ibérico onde cada povo teria a liberdade de viver consoante as suas próprias leis e costumes, onde nem mesmo a existência de monarquias e repúblicas debaixo do mesmo Estado fosse um problema. É fácil imaginar uma Ibéria constituída pela República Portuguesa, pela Monarquia de Castela, pela República do Antigo Reino de Aragão (Aragão, Catalunha, Valencia e Baleares), pela República Basca, República da Galiza, República Asturiana e pela República Andaluz. Ou por outro regime, não tendo necessariamente de ser uma república, se assim fosse desejado pelos diferentes povos.


Tudo isto conglomerado num governo central eleito por todos os ibéricos, assim como forças armadas comuns ibéricas. E só apenas por nos encontrarmos incluídos num paradigma económica e monetariamente europeu, é que não contemplaríamos uma economia ibérica e uma moeda ibérica. Continuariamos incluídos no mercado comum europeu e na zona euro, e obviamente, continuaríamos membros convictos da União Europeia, porque como diz o ditado cliché, “unidos somos mais fortes” e as nações europeias divididas, são nada mais que mero peixe miúdo num mar de tubarões mundiais como EUA, Rússia e China. Tal e qual como os povos ibéricos divididos, são mero peixe miúdo num mar de tubarões europeus como Alemanha, França, ou Itália.


Contudo, esta utopia ibérica só poderia ser construída e alcançada num ambiente de tolerância, ponderação e de abertura ao diálogo e à negociação. Teriam, como em qualquer processo de negociação, de existir cedências de todas as partes até ser possível alcançar um acordo político comum, mas sobretudo, exequível.


E é precisamente este ambiente que não existe hoje entre independentistas e “espanholistas”. Aquilo que se vê, quer por parte do governo da Catalunha, quer por parte do governo central de Espanha, é puro incentivo a um clima de promoção da desarmonia, da desordem e de um proto-terrorismo urbano. Não se deseja para Espanha uma guerra de libertação ao estilo da guerra da Jugoslávia, ou o ressurgimento do terrorismo separatista. E para tal, existe a política, o bom-senso e o diálogo. Utensílios que têm estado a ser desconsiderados por ambas as partes. O que poderá conduzir quer Espanha, quer a Catalunha, para uma batida forte no fundo do precipício.


Pede-se mais diálogo. A bem da credibilidade dos povos desta península.




Imagem de capa de i.pinimg.com

Fonte: https://www.tribunaalentejo.pt/artigos/da-questao-da-catalunha-ao-tabu-da-uniao-iberica

Governo dá visto especial a Madonna em reunião secreta

Ministra esperou que os funcionários saíssem para receber a rainha da pop com a advogada no Terreiro do Paço.






Chegou incógnita ao Terreiro do Paço, no banco de trás de um Tesla preto, de vidros fumados, carro elétrico de 140 mil € emprestado pela marca. Madonna, diva da pop que já vive em Lisboa, mas, para efeitos legais, ainda como turista, tinha ontem à espera a ministra da Administração Interna. Objetivo: a concessão de um visto especial de residência para a cantora norte-americana.

Tudo foi pensado ao pormenor, logo a começar pela hora da reunião marcada no ministério entre Madonna e Constança Urbano de Sousa – às 18h30, quando a maioria dos funcionários já saiu do trabalho. O secretismo do encontro estendeu-se ao facto de o mesmo não ter sido tornado público – pela agenda da ministra, habitualmente enviada à comunicação social.


Ministra Constança Urbano de Sousa teve reunião secreta com Madonna


Neste caso, a comitiva da estrela da música mundial entrou no ministério com a discrição possível, pelas 18h45 – tendo em conta que o carro que leva a cantora se faz acompanhar por outro, de seguranças. Um momento testemunhado pelo CM. 


Carro da cantora, ontem, à saída do MAI, às 19h45. Reunião durou uma hora



Depois, a ministra reuniu no seu gabinete com Madonna e com a advogada pessoal da cantora em Portugal, Ana Pedrosa Augusto, "mais por uma questão de cortesia" – dizem ao CM fontes próximas de Constança Urbano de Sousa –, tendo em conta a intenção do Governo em conceder à estrela da música norte-americana um visto especial de residência no nosso país. "Agora a questão burocrática do visto é tratada no SEF".

Trata-se de uma situação excecional que a lei prevê, no regime jurídico de entrada e permanência de estrangeiros, por se tratar de uma "personalidade ímpar, de enorme projeção internacional, com tudo o que isso representa para a imagem do nosso país – ao nível por exemplo do turismo e da economia", segundo as mesmas fontes. No caso de Madonna, "não faz sentido" ter de recorrer a um visto gold, através de investimentos imobiliários, por exemplo.

 

Visita palacetes mas ainda não se decidiu

Desde que a cantora chegou a Portugal, no passado mês de agosto, têm-lhe chegado dezenas de propostas de negócios para comprar casas de luxo na Grande Lisboa mas, até agora, nada foi concretizado.

Madonna tirou várias fotografias, que depois publicou nas redes sociais, onde mostra a fachada de vários palacetes no centro de Lisboa, revelando interesse pelos mais luxuosos imóveis da capital.

Para já a estrela mundial mantém-se hospedada com os quatro filhos - David Banda, Mercy James e as gémeas Stella e Esther - no hotel Pestana Palace, recheada de luxos. A estadia prolongada de vários meses custa por dia mais de dois mil euros. Numa das muitas fotografias que publicou no Instagram, Madonna mostra que até mudou a decoração da suite onde está instalada - a D. Carlos, uma das mais luxuosas do hotel.

A cantora chama-lhe o seu "jardim secreto", onde colocou fotografias pessoais, livros e flores a seu gosto. A estadia da cantora foi combinada em maio quando Madonna mostrou interesse em viver em Portugal.



O palacete da Lapa cobiçado por Madonna já foi a embaixada do Reino Unido

O palacete da Lapa cobiçado por Madonna já foi a embaixada do Reino Unido

O palacete da Lapa cobiçado por Madonna já foi a embaixada do Reino Unido





Madonna reúne-se com ministra para garantir visto especial de residência



























A cantora norte-americana pediu uma audiência à ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, com vista a regularizar a situação em Portugal. Madonna vive desde agosto em Lisboa como turista mas pretende obter um visto especial de residência.



Madonna foi recebida pela ministra, Costança Urbano Sousa esta terça-feira ao final da tarde, tendo em conta a intenção do Governo em conceder-lhe um visto de autorização de residência de excepção como personalidade impar.


De acordo com o ministério, a reunião realizou-se por uma questão de cortesia, já que toda a questão burocrática terá de ser tratada pelo SEF, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.




domingo, 1 de outubro de 2017

Referendo na Catalunha, Espanha - "Partiram-me os dedos e apalparam-me os seios enquanto se riam"

Marta Torrejillas foi agredida durante confrontos com a polícia.



 

Marta Torrejillas é um dos muitos rostos que espelham a violência vivida este domingo, o dia em que se realizou o referendo sobre a independência da região da Catalunha, e que deixou centenas de pessoas feridas.

Numa mensagem de áudio enviada à mãe de uma amiga chamada Laura - que acabou por se tornar viral na Internet - a jovem Marta conta a experiência que viveu perante a violência dos efetivos da Polícia Nacional e da Guardía Civil, ao tentarem impedir que o referendo se realizasse.

O caso aconteceu na assembleia de votos do Instituto Pau Claris, em Barcelona. "Laura, escuta, eu estava a tentar defender as pessoas mais velhas e as crianças e eles atiraram-me das escadas abaixo, deram-me pontapés, partiram-me os dedos um a um e ainda me levantaram a roupa para me apalparem os seios, tudo isto enquanto se riam. Isto é muita maldade, muita, muita", conta a jovem catalã.

O seu relato foi confirmado por imagens captadas do momento e difundidas na rede social Twitter, que mostram a jovem a ser violentamente agredida pelos polícias.












Fonte: http://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/partiram-me-os-dedos-e-apalparam-me-os-seios-enquanto-se-riam-diz-vitima-dos-confrontos-na-catalunha

sábado, 30 de setembro de 2017

Nada de satélites: gigante teia de cabos sob o oceano é o que nos conecta de verdade!

O sinal que chega em sua TV, seu celular ou a Internet que conecta ao seu computador são emitidos por ondas de satélites que orbitam a Terra, certo? Não é bem assim.





De fato há comunicação de sinais via satélite, mas isso representa apenas 1% de toda a comunicação global. O que realmente conecta todo o planeta são os cabos submarinos, que cruzam todos os oceanos e conduzem 99% de todas as informações trocadas internacionalmente. 

Rede internacional de cabos: como funciona?

Esta enorme teia é composta de mais de 350 enormes fios de fibra ótica. Enormes do ponto de vista de seu comprimento: juntos, somam mais de 885 mil quilómetros, equivalente a 22 voltas no globo terrestre. O maior deles liga a Alemanha até a Coreia do Sul, uma conexão de 38,6 mil quilómetros e 39 paradas. No site Submarine Cable Map você pode ver todos eles.


Em relação a espessura dos cabos, há diferentes gradações. Quanto mais fundo o cabo de instala no oceano, mais fino ele é, isto porque em superfícies mais rasas há mais risco de ataques de animais como tubarões ou barcos de pesca - os fios mais grossos podem ter a espessura de uma lata de refrigerante. No oceano, os cabos podem chegar a incríveis 8 mil metros abaixo do nível do mar.

Compõem os cabos até sete camadas de proteção, que rodeiam a fibra ótica. Entre os elementos, há o tecido mylar (usado em roupas de astronautas), aço, polietileno, alumínio, poli carbonato, cobre e até pasta de petróleo.




Cabos x satélites

O motivo para que os cabos submarinos sejam a principal forma de comunicação é simples: são mais baratos e mais eficientes. De acordo com informações da NEC Corporation, que opera algumas conexões, estes cabos podem transmitir 3,48 giga bits de informações por segundo - equivalente a 102 mídias de DVD. Os satélites não são capazes de transmitir sequer um único DVD a cada segundo.



Outros fatores são geográficos. Embora haja riscos pequenos de acidentes com animais marinhos, os cabos são muito menos sujeitos a ações da natureza, como tornados, tempestades etc. Além disso, os cabos encurtam distâncias: a NEC informa que entre Los Angeles e Tóquio, é preciso 9 mil quilómetros de cabeamento; se o sinal fosse enviado a um satélite e redirecionado à Terra, atravessaria 72 mil quilómetros, oito vezes mais.


Conexões são antigas

Os cabos submarinos são anteriores inclusive à tecnologia dos telefones. Em 1858, quando a primeira conexão uniu a Irlanda e a Ilha Newfoundland, no Canadá, o principal meio de comunicação era o telégrafo. A primeira mensagem foi um recado da Rainha Vitória, do Reino Unido, para o presidente dos Estados Unidos, James Buchanan. Durou apenas um mês - a transmissão gastava mais energia do que o previsto.


A partir do Reino Unido, então a principal potência económica do mundo, novos cabos foram instalados para se conectarem com a América e com colónias asiáticas, como a Índia. Somente nos anos 1940 que os cabos submarinos começaram a ter como principal finalidade a conexão telefónica.

Tecnologia desenvolvida nos anos 1960, a fibra ótica começa a revolucionar as telecomunicações na década de 1980, quando os cabos são trocados por este material. A qualidade e a rapidez das transmissões aumentaram constantemente até como as vemos hoje.




Conexões brasileiras: de Fortaleza e Praia Grande

Hoje, o Brasil tem nove canais que o conectam primeiro com a América do Norte e um que liga diretamente o país à Europa - todos eles saem de Fortaleza, capital do Ceará. Mas, dentro de dois anos, o país terá um novo mega cabo.


Para estreitar relações diretas com países europeus, sem o intermédio dos Estados Unidos (99% da conexão brasileira com o mundo passa pelos norte-americanos), será construído o cabo Ellalink, projeto que une o Brasil a Europa por meio de Portugal e Espanha. Será, de longe, o de maior capacidade no país: atingirá 72 terabits por segundo, sete vezes mais do que a informação que toda a América Latina transmite atualmente.


O cabeamento terá início na cidade de Praia Grande (SP), seguirá até Fortaleza onde começa seu trajeto transatlântico até Sines, em Portugal. É um projeto conjunto da estatal brasileira Telebras e da companhia espanhola Isla Link, cujo custo previsto é de US$ 206 milhões (ou aproximadamente R$ 680 milhões).



quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Avião alemão pirateado nos anos 70 regressou a casa

O histórico avião "Landshut", da Lufthansa, que foi palco de um dos mais graves episódios do terrorismo na Alemanha nos anos 70, estava no Brasil e foi transportado dentro de um avião russo.




No dia 13 de outubro de 1973, 30 minutos depois de levantar voo de Palma de Maiorca em direção a Frankfurt, quatro homens armados com pistolas e granadas desviaram o Boeing 737-200 para a península árabe, numa atribulada viagem que teve cinco aterragens em cinco cidades diferentes para obter combustível. O destino final foi Mogadíscio, na Somália e, a bordo, seguiam 91 pessoas.


 O ataque pirata, levado a cabo por palestinianos ligados a um grupo terrorista da extrema-esquerda alemã, a RAF, pretendia forçar o Estado da Alemanha a libertar 10 membros deste gangue radical presos em Estugarda e dois palestinianos detidos na Turquia. Exigiam ainda 15 milhões de dólares.

A RAF tinha já sido responsável por raptos e outros atentados nesses anos de medo no país, que ficaram conhecidos como o "Outono Alemão". O grupo extremista ficou ligado ao assassínio de um procurador-geral alemão e e ao rapto e homicídio de empresários e bancários de relevo. Durante o ataque ao avião, o capitão do "Landshut" foi assassinado.

 
Mas o governo não cedeu às pretensões dos terroristas e tudo terminou cinco dias depois, com uma ação das GSG-9 , as forças especiais da polícia alemã, que conseguiram libertar os reféns, ferindo apenas quatro. Na operação morreram três dos terroristas.

 
O "Landshut" voltou ao serviço semanas depois e, em 1985, foi vendido à TAF, companhia aérea do Brasil. Deixou de voar em 2008 e ficou, até esta semana, estacionado no aeroporto de Fortaleza.

Agora, quarenta anos depois do ataque, o "Landshut" regressou à Alemanha. As operações de desmantelamento e transporte começaram em meados de setembro e, esta semana, chegou ao território alemão dentro de um avião de carga ucraniano Antonov AN 124. Vai ficar exposto num museu.


 A "libertação do 'Landshut' ficou, até aos dias de hoje, como um símbolo de uma sociedade livre, que não pode ser derrotada pelo medo e pelo terror", declarou Sigmar Gabriel, ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, depois do Boeing aterrar.