O "Startup Visa" vai ser formalmente apresentado esta terça-feira na Web Summit. O visto dedica-se a todos os empreendedores que queiram abrir uma empresa inovadora em Portugal.
Os empreendedores que queiram abrir uma empresa inovadora vão poder, a partir de janeiro do próximo ano, aceder de forma rápida a um visto de residência em Portugal, permitindo-lhes criar ou mover a sua empresa para o país.
O Ministério da Economia anunciou esta segunda-feira em comunicado a criação do ‘Startup Visa’, “um visto de residência para empreendedores, que pretende atrair para Portugal investimento, talento e capacidade de inovação”, indicando que esta medida vai ser formalmente lançada na terça-feira na Web Summit, que começa esta segunda-feira em Lisboa.
Assim, a partir de 1 de janeiro de 2018, os “jovens empreendedores de todo o mundo que queiram abrir uma empresa inovadora vão ter acesso rápido a um visto de residência que lhes permite criar ou mover a startup para Portugal”, podendo também “integrar uma incubadora da rede Startup Portugal e beneficiar de todos os incentivos e apoios do Programa Startup Portugal”.
Os empreendedores de estados terceiros poderão candidatar-se online através de uma plataforma que ficará “disponível a partir de janeiro de 2018”.
Para acederem ao Startup Visa, terão de demonstrar que “querem desenvolver atividades empresariais de produção de bens e serviços inovadores”, que “vão abrir ou deslocalizar empresas e/ou projetos centrados em tecnologia e em conhecimento, com perspetiva de desenvolvimento de produtos inovadores”, que “gozam de potencial para criação de emprego qualificado” e que “detêm potencial para atingir, três anos após o período de incubação, um valor de 325.000 euros, ou um volume de negócios superior a 500 mil euros/ano”.
A avaliação do potencial económico e inovador será feita “tendo por base o grau de inovação, a escalabilidade do negócio e potencial de mercado, a capacidade da equipa de gestão, o potencial de criação de emprego qualificado em Portugal e a relevância do requerente na equipa”.
As incubadoras, por seu lado, receberão os projetos que sejam considerados relevantes perante a sua avaliação e critérios e será o IAPMEI a fiscalizar o processo.
O ministério de Manuel Caldeira Cabral afirma que este programa pretende “reforçar o ecossistema de inovação” e “afirmar Portugal como um país aberto ao empreendedorismo e a todos que com o seu conhecimento e capacidade de inovação podem trazer investimento à economia portuguesa”.
O lançamento deste programa – que faz parte do programa Startup Portugal e que é concretizado por portaria conjunta do Ministério da Economia e Ministério da Administração Interna – vai acontecer na Web Summit, pretendendo a tutela fazer “um convite direto aos 60 mil empreendedores e aos milhares de investidores presentes em Lisboa”.