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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Casar de pijama? Sim, é a tendência do momento.

Porque as noivas não dispensam o conforto, mas querem estar lindas no dia do casamento.



As noivas millennials são irreverentes, apostando em batons alternativos e combinações arriscadas para o seu grande dia. Deixam de lado os sapatos super altos para dar lugar a sapatilhas ou botas, porque o mais importante é o conforto e a diversão. E o vestido? Longe estão os vestidos cheios de camadas, folhos e mangas em balão. As millennials preferem vestidos mais simples, naturais, que fluem no corpo, com detalhes românticos.

Para atender aos requisitos da simplicidade, beleza, conforto e diversão, a The Sleeper lançou vestidos de noiva que são, na verdade, pijamas. A The Sleeper nasceu em 2014, quando duas editoras ucranianas, Kate Zubarieva e Asya Varetsa, criaram camisolas e pijamas que se pudessem levar da cama para a rua. A ideia dos vestidos de noiva aconteceu quando receberam a mensagem de uma cliente que dizia precisar do vestido de seda, pois tinha um casamento daí a poucos meses. As noivas The Sleeper são minimalistas, gostam de silhuetas simples e despreocupadas.








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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Pornografia leva jovens a plásticas vaginais!

Brasil é o campeão mundial desta prática. 


























Anna, nome atribuído à jovem que não quis revelar a verdadeira identidade, contou à BBC que quis fazer uma cirurgia plástica à vagina aos 14 anos. 

"Não sei de onde tirei a ideia de que a minha vulva não era bonita o suficiente, que não tinha um bom aspeto", confessou a jovem. 

 A labioplastia, processo cirúrgico ao qual se submeteu, consiste num encurtamento ou remodelação dos lábios da vagina. Segundo a mesma fonte, Anna contou que pensou em recorrer à cirurgia depois de ter assistido a pornografia. Ao ver as vaginas das atrizes pornográficas, a jovem pensou que todas deveriam ser simétricas e perfeitas, não tendo nunca antes visto nenhuma que não a sua.



























Anna acabou por desistir da ideia. Contudo, esta prática é cada vez mais comum em meninas adolescentes. 

De acordo com uma pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, o Brasil é o país onde mais ocorrem estes casos. O mesmo revela o número de 23155 destes procedimentos no passado ano de 2016. No entanto, os dados não são referentes a menores. 

No Reino Unido, por sua vez, foram registados mais de 200 casos, correspondendo 150 dos mesmos a menores de 15 anos, conforme divulgado pelo Sistema de Saúde Pública britânico (NHS). 

Já nos EUA, 560 menores recorreram a esta prática, segundo a Sociedade de Cirurgia Plástica Estética do país. 

Os médicos especialistas desaconselham vivamente este procedimento, sobretudo em menores cujo corpo ainda se encontra em desenvolvimento. 

Para além de Anna, a BBC entrevistou mais três adolescentes de uma escola inglesa que confessaram sentirem-se pressionadas com os padrões de beleza e imagens a que assistem na internet.






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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Em 4 anos de guerra, nunca senti medo como em Fortaleza”, relata imigrante sírio.

Imigrantes de países violentos ou em guerra civil falam sobre o medo que sentem ao andar nas ruas em Fortaleza.

Adicionar legendaO Ceará registrou 5.134 homicídios em 2017,
sendo 14 por dia (Foto: Arquivo/Tribuna do Ceará)
“Eu passei quatro anos na guerra e nunca colocaram uma arma na minha cabeça. Aqui, em dois meses eu já passei por isso”. É o que diz o imigrante sírio Samer Albadin, que se mudou para Fortaleza buscando refúgio da guerra civil que assola seu país. Mal sabia o que encontraria na capital cearense.

Albadin chegou a Fortaleza em 2014, e rapidamente percebeu que a cidade enfrenta um momento complicado na segurança pública. “Eu não me sinto seguro, acho que ninguém se sente seguro aqui. A gente precisa evitar lugares que sabemos que são mais perigosos, mas atualmente todo lugar é perigoso“, reflete.

Esse é um dos relatos que o Tribuna do Ceará ouviu de estrangeiros de países violentos ou sob conflito que fizeram de Fortaleza o seu lar. Por mais que os problemas de insegurança sejam diferentes em cada canto, as percepções de cada um mostram que Venezuela, México, Síria e Líbano não estão tão distantes de Fortaleza quando o assunto é violência.

Na última semana, a capital cearense ganhou repercussão mundial com a chacina no Bairro Cajazeiras. O caso jogou luz à crise na segurança pública do Ceará, onde houve 5.134 homicídios em 2017 – média de 14 por dia.

O que dizem os imigrantes

O libanês Tony Moussa veio para o Brasil em 2000. Viveu de perto o conflito entre palestinos e israelenses no Oriente Médio, assim como agora encara a insegurança em Fortaleza.

“Aqui eu já fui assaltado e levei um tiro. Estava com um amigo no carro e o bandido pediu a chave. Meu amigo ficou nervoso e não conseguiu tirar a chave. O bandido disparou e pegou na minha perna”, lembra Moussa.

O imigrante se impressiona como o ato de roubar é indiscriminado no Ceará. “Não tínhamos problemas com assaltos, o nosso problema era a guerra. Assalto com arma de fogo é raríssimo, lá o ladrão sente vergonha de roubar, é um ato vergonhoso. Isso é pela cultura que temos no Líbano”, explica.

Moussa lamenta o momento que Fortaleza atravessa. “Infelizmente existem riscos na cidade, é um lugar maravilhoso e devia ter mais segurança. Entre os dois países, o risco maior é aqui. Lá você sabia as áreas onde não podia andar, aqui não tem bairros protegidos. Eu gosto muito de morar em aqui, torço pra essa nuvem passar”.
Ônibus incendiado em Fortaleza em ataque de facções, em 2017 (FOTO: Reprodução)

A mexicana Gabriela Madero conta que vê similaridade em casos como a Chacina das Cajazeiras, onde 14 pessoas foram mortas, com o que acontece nos últimos anos em seu país, dominado pelos cartéis do tráfico. “No México é parecido com esse incidente que aconteceu agora. Bandos que acabam matando pessoas inocentes em um lugar. São coisas extramente ruins que o governo não pode deixar passar”, opina.

Mas mesmo no México ela não vê alguns riscos comuns em Fortaleza. “Aqui sei que não posso andar com meu celular na rua, lá ainda posso fazer isso”, compara Gabriela, lamentando que a insegurança faça parte da rotina em alguns países do continente.

“Todos os países têm problemas de insegurança, uns mais outros menos. Acredito que os brasileiros, como os latinos, possuem a insegurança naturalizada no dia a dia”, comenta.

Em Fortaleza, as delegacias também são alvo dos criminosos (FOTO: Dorian Girão)

O venezuelano Fabrício Perez acredita que segurança pública de Fortaleza se assemelha ao seu país, que vive forte violência devido à crise financeira que gerou inclusive escassez de alimentos. Porém, o imigrante ainda considera a capital cearense mais segura que Maracaibo, onde vivia.

“Aqui sinto mais tranquilidade. Na Venezuela, todo assalto é com arma de fogo. Sinto que o risco de perder a vida é maior lá”, compara Fabrício, que, porém, incorporou em Fortaleza uma vigilância que mantém em sua terra natal. “Não se pode baixar a guarda, nem aqui e nem lá”, revela. “Ninguém merece isso”, constata.

Hábitos alterados

O sírio Samer Albadin, que abre esta reportagem, também precisou mudar hábitos para se adaptar à dinâmica de Fortaleza. Quando chegou à cidade, ele foi informado sobre a insegurança, mas não imaginava que chegasse a tanto.

“Dois homens me pararam em uma moto e levaram meu celular. Lá nunca tive preocupação em andar na rua, ter que guardar relógio, anel e cordão. Mesmo na guerra isso não acontecia”, relata o imigrante, que depois de quatro anos em Fortaleza vê que o problema só piora. “A gente sente que a insegurança cresceu”.



quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Como a Finlândia passou da fome ao melhor país do mundo

Há 150 anos, morreram 250 mil pessoas de fome no país do Norte da Europa que é agora o mais seguro, mais feliz e melhor governado no mundo!



























Não há receitas iguais para todos os países, mas a forma como a Finlândia se tornou num dos países mais ricos, seguros e socialmente justos do mundo pode dar umas pistas.

Há 150 anos, em 1868, o cenário estava muito longe de ser este. Nessa altura, um inverno rigoroso e uma primavera fria destruíram grande parte das colheitas e cerca de 250 mil pessoas – 10 por cento da população – morreram de fome.


























O governo - na altura o Grão-Ducado da Finlândia fazia parte do Império da Rússia - reagiu tardiamente e não tinha dinheiro suficiente para comprar cereais nos mercados europeus. Quando o governo decidiu finalmente pedir dinheiro emprestado ao poderoso Banco Rothschild, os preços dos cereais tinham subido e o pouco que foi comprado mal chegou às populações devido à falta de estradas.

De lá para cá muito mudou e determinados factores determinaram a subida do país no ranking da felicidade.



























Cooperação imposta pelo clima

O clima frio do país leva a que os finlandeses tenham-se habituado a trabalho árduo para sobreviver e a contar com a ajuda dos vizinhos. "Isso tornou os finlandeses seguros de si mesmos, privados, mas também muito dependentes de uma sociedade altamente cooperativa, onde as regras são importantes. É cultural, mas tornou-se parte da química", explica o ex-embaixador norte-americano na Finlândia, Bruce Oreck, ao The Guardian.


Resiliência finlandesa, o sisu

A capacidade de persistir perante as adversidades quaisquer que sejam as consequências é uma característica finlandesa que terá permitido que, durante a Segunda Guerra Mundial, 350 mil soldados tenham conseguido derrotar forças soviéticas três vezes maiores em duas batalhas distintas.




























Sociedade em classes 

Durante os 600 anos em que os finlandeses foram governados pelos suecos e depois pelos russos, o país era quase todo pobre. "Não existiram servos, nem ricos aristocratas. A sociedade não era hierárquica", explica o escritor histórico finlandês, Sirpa Kähkönen.

Os sociólogos confirmam. "As diferenças entre classes na Finlândia têm sido menores do que o normal. Até a revolução industrial aqui foi modesta: não havia Rothschilds, nem Fords, nem mesmo uma dinastia como os suecos Wallenbergs [uma das mais poderosas famílias suecas]", diz a socióloga Riitta Jallinoja.

Não fogem aos impostos

A dever cívico é celebrado no país e todos os anos se publica a lista dos impostos pagos pelos 10.000 maiores empresas e contribuintes com maiores rendimentos. A actual mais bem sucedida empresa finlandesa, o estúdio de videojogos Supercell, criador do jogos de estratégia Clash of Clans, pagou 800 milhões de euros em impostos, em 2016.



























Educação gratuita

Grande parte do êxito do país reside na educação que é grátis e universal desde 1866. Na altura, um decreto obrigou que quem quisesse casar-se pela igreja teria de passar um exame de leitura e o incentivo. Cerca de 30 por cento dos chefes de Estado do país foram professores universitários. "O movimento que criou a Finlândia como nação – a sua língua, historia, literatura, música, símbolos e folclore – eram académicos. O líder nacionalista era professor de filosofia", explica o filósofo finlandês ilkka Niiniluoto.

Igualdade de género

A ideia errada de que as mulheres teriam menores capacidades comparadas com os homens não ganhou raízes na Finlândia. Para além de ser um dos primeiros países do mundo em que elas puderam votar, em 1906, no primeiro parlamento nacional, 10 por cento dos deputados eram mulheres. A percentagem reside agora nos 42 por cento.


























Coligações governamentais

O desenvolvimento económico é atribuído à série de coligações que governaram o país e realizaram grandes investimentos em infra-estruturas e indústria. Nos anos 90, reconheceram a importância das novas tecnologias e investiram quase 4 por cento do PIB em investigação e desenvolvimento – um recorde na época.

Confiança nas instituições

O crescimento económico sustentado aumentou a confiança nas instituições. O serviço nacional de saúde funciona – o país gasta 31 por cento do PIB em saúde -, e quase não existe crime organizado ou corrupção.




terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

O que está por trás dos 300 sismos dos Açores da madrugada de segunda feira

Centenas de sismos que abalaram os Açores esta segunda tiveram origem na mesma falha que destruiu São Miguel há quase 500 anos. É improvável que haja consequências graves, mas a crise pode durar meses.






















Os cerca de 300 sismos que têm abalado o arquipélago dos Açores desde esta madrugada têm origem na mesma falha tectónica que, em 1522, originou um terramoto catastrófico que destruiu quase toda a população de Vila Franca do Campo, alterou completamente a ocupação da ilha de São Miguel e originou um tsunami, explicou ao Observador Miguel Miranda, presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. A hipótese de tsunami “é real” na atualidade, mas pouco provável: “Os sismos teriam de ter uma magnitude muito superior e serem registados muito mais à superfície para que isso aconteça”, explicou o geofísico.




















As crises sísmicas nos Açores não são estranhas, ressalva Miguel Miranda: “A atividade sísmica não é homogénea e não acontece em intervalos regulares de tempo. Muitas vezes agrupam-se no tempo e no espaço”, disse ao Observador. É isso que tem acontecido nos Açores, tão habituada à elevada atividade sísmica que o mapa sísmico do IPMA nem sequer tem representados os terramotos de magnitude inferior a 2,0 na escala de Richter no arquipélago. De acordo com dados do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores, desde as 23h47 deste domingo que foram registados “mais de três centenas de sismos” com magnitude entre 1,9 e 3,2 na escala de Richter.

A atividade sísmica nos Açores é considerada alta, não só porque há uma grande frequência de tremores de terra no arquipélago, como também por causa da magnitude desses sismos. Tudo isso acontece porque os Açores ficam mesmo por cima dos limites de três placas tectónicas: a euroasiática, a norte-americana e a africana. Entre a placa euroasiática e a placa norte-americana existe um limite divergente, isto é, elas afastam-se uma da outra e permitem que o magma que existe por debaixo da crosta terrestre suba para a renovar: é na zona desse afastamento, chamada Dorsal Médio-Atlântica, que a crosta terrestre se recicla, provocando uma grande atividade sísmica e vulcânica.


O Ponto Triplo e a falha do Congro

Enquanto isso acontece, a uma velocidade de cinco milímetros por ano, a placa africana vai-se afastando da placa norte-americana mas chocando e raspando contra a placa euroasiática. No entanto, não há consenso sobre o que acontece exatamente entre a placa africana e as outras duas para afetar tanto a sismologia açoriana: “Não parece haver uma estrutura tectónica única e bem definida entre a Eurásia e a África na região dos Açores, mas antes uma larga faixa de acomodação de tensões entre essas duas placas“, explicou o geólogo José Madeira num estudo sobre a tectónica de placas associada a esse arquipélago. Certo é que são essas as tensões que têm provocado os sismos registados nas últimas horas: “Os sismos libertam energia mecânica, mas por vezes essa energia acumula-se noutros pontos, como numa transferência, e liberta-se mais tarde”, conta ao Observador o presidente do IPMA.

É desta interação entre três placas, chamada Ponto Triplo pelos cientistas, que nasceu a falha do Congro, que tem originado os sismos da madrugada desta segunda-feira. Essa falha atravessa a ilha de São Miguel desde leste de Santa Maria até à Crista Médio-Atlântica, uma cordilheira submarina a oeste das ilhas Graciosa e Faial. Em dias mais calmos, só esta falha é responsável por três a cinco pequenos sismos por dia, mas também já foi aqui que tiveram origem as últimas grandes crises sísmicas açorianas entre 1989 e a atualidade. Foi também aqui que se registou o segundo sismo mais catastrófico do país, apenas ultrapassado pelo terramoto de 1755: a subversão de Vila Franca.

A tectónica de placas associada aos Açores.




“Um grandíssimo e espantoso tremor de terra”

Na noite de 21 para 22 de outubro de 1522, um sismo de intensidade X (desastroso) na escala de Mercalli foi registado em Vila Franca do Campo, precisamente onde passa a falha do Congro. Gaspar Frutuoso, historiador nascido nesse ano, escreveu 70 anos mais tarde que “menos de duas horas ante manhã, estando o céu estrelado e claro, sem aparecer nuvem alguma, se sentiu em toda a ilha um grandíssimo e espantoso tremor de terra, durou por espaço d’um credo, em que parecia que os elementos, fogo, ar e água, pelejavam no centro d’ela, fazendo-a dar grandes abalos, com roncos e movimentos horrendos, como ondas de mar furioso, parecendo a todos os moradores da ilha, que se virava o centro d’ela para cima e que o céu caía”.

Em Monte do Rabaçal, nome dado á época a um monte sobranceiro a Vila Franca do Campo, a lama derrubou as casas, obstruiu os caminhos, destruiu as terras de cultivo e matou pelo menos três mil pessoas — muitas delas soterradas ao fugir de casa com receio das réplicas.

"Da ribeira para a parte do Oriente, onde estava a Vila, tudo foi assolado e os moradores todos quase mortos”, recorda o historiador.

Estudos feitos em 2006 pelo Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos (CVARG) provaram que este sismo na falha do Congro teve epicentro a poucos quilómetros para noroeste da vila e que deve ter provocado o deslizamento de 6,75 milhões de metros cúbicos de detritos vindos do Monte do Rabaçal, hoje denominada Ribeira da Mãe d’Água. As terras devem ter-se deslocado a uma velocidade de três metros por segundo: foram demasiado rápidas para que a população pudesse fugir. Estima-se que os sobreviventes não tenham passado das sete dezenas.

[Reveja o vídeo sobre a placa africana que está a rachar Portugal]





É difícil repetir-se a tragédia

Miguel Miranda diz que dificilmente algo tão catastrófico pode acontecer desta vez nos Açores. O maior sismo registado nesta crise tinha magnitude 3,6 na escala de Richter e teve origem a 15 quilómetros de profundidade, nas vizinhanças do vulcão do Fogo: “Para que algo tão grave acontecesse, e para que um tsunami pudesse ameaçar os Açores, era preciso um sismo com uma magnitude muito superior e com origem numa profundidade muito mais superficial”, explica o presidente do IPMA.

Esta não é a primeira vez que se regista um número anormal de sismos de pequena magnitude no arquipélago dos Açores. Em setembro de 2016, o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) informou que “assistiu-se a um incremento no número de eventos que, quando têm uma magnitude um pouco superior ou se situam mais próximo de zonas habitadas, acabam por ser sentidos pela população” desde finais de agosto daquele ano. Esses sismos tinham magnitude semelhantes, mas apenas três deles foram sentidos pela população porque tiveram origem junto à costa: ao longo daquele mês, outros sismos foram registados, mas “os epicentros foram mais distantes do litoral e a população não os sente”, explicou Teresa Ferreira, presidente do CIVISA. Outras crises sísmicas foram registadas dez anos antes, em 2005 e em 2007.


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Mãe mais nova da história teve bebé aos cinco anos!!

Criança deu à luz em 1939. História é agora contada em livro.


Lina Medina descobriu estar grávida com apenas 5 anos e o pai da criança nunca foi revelado. O caso aconteceu em 1939, no Peru. É considerada a mãe mais nova do mundo e a sua história é agora revelada no livro "Madre a los cinco años" ("Mãe aos cinco anos", em português) do ginecologista José Sandoval. 

Natural do interior do Peru, Lina foi levada ao hospital após um estranho inchaço no ventre, cólicas e dores agudas. Sem explicações, os pais tentaram vários tratamentos, incluindo religiosos, antes de levar a criança ao hospital. Para surpresa geral, descobriu-se que Lia estava grávida. 

O médico ginecologista e cirurgião, Geraldo Lozada, ficou estupefacto com a descoberta e pediu que se confirmasse a idade da criança. Os documentos confirmaram a data de nascimento apontada pelo pai mas, ao analisar o corpo da criança, o médico constatou que para além da barriga saliente, a menina tinha pelos púbicos, estrias no abdómen e seios desenrolados. 

Geraldo pediu exames para confirmar a situação que considerava impossível e estes identificaram um feto "em situação normal, com cabeça volumosa compatível com uma gestação de aproximadamente oito meses", segundo relata o biógrafo na sua obra. 

O pai e os oito irmãos da menina foram interrogados, mas Lina nunca revelou com quem tinha tido relações sexuais e nunca se descobriu a identidade do progenitor do bebé. 

A gravidez de Lina foi tornada pública a 12 de abril de 1939 quando o ginecologista fez uma conferência de imprensa. A notícia chegou à Europa, Ásia e Estados Unidos e começa a captar a atenção dos meios de comunicação de todo o mundo. 

O menino, Geraldo Medina, batizado em homenagem ao médico que realizou o parto, nasceu a 11 de maio, de cesariana com 2,700 quilos com ótima saúde. Devido à pouca idade da mãe, o bebé foi entregue aos cuidados das enfermeiras. A guarda de Geraldo foi entregue a uma família adotiva, mas aos 14 anos o adolescente foi viver com Lozada. 

A história "da mãe mais nova do mundo" foi explorada durante anos pelos media e a família recebeu donativos monetários que tornaram a vida confortável durante algum tempo. 

Lina teve um segundo filho, aos 38 anos. Geraldo Medina morreu em 1979, com 40 anos, após complicações da dependência do álcool. 

O livro explora a vida da família após o mediatismo e alguns dos mistérios que envolveram a gravidez mais precoce da história.










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O segredo da múmia que ‘grita’

O mistério que envolve a expressão de agonia da múmia parece ter sido solucionado.

























Há vários anos que os arqueólogos tentam decifrar a razão da expressão de uma múmia encontrada no Egito. Conclui-se agora que o corpo terá sido envenenado ou enterrado vivo. 

Batizada de "Screaming Mummy" ("Múmia que grita" em português), alguns estudiosos acreditam que o corpo pertença ao filho do faraó Ramses III, pois foi encontrado envolto em pele de carneiro – gesto que indica que o cadáver pertence alguém que cometeu um crime grave. 

Ao jornal The Sun, o médico Zahi Hawass diz que é provável que "a múmia seja um príncipe que envergonhou a família". O Príncipe Pentewere tentou matar o pai, com a ajuda da mãe, para subir ao trono, mas foi descoberto e obrigado a golpear a própria garganta. 

Contudo a identidade da múmia não é consensual e permanece desconhecida. 

O grito silencioso da múmia sempre intrigou os arqueólogos. O cientista Brier conta, ao The Sun, que acredita que o corpo pertence a alguém que foi castigado por existirem indícios que tudo foi feito para que não pudesse ter acesso à "vida pós morte". 

A múmia está está pela primeira vez em exposição no Museu Egípcio, no Cairo, e tem atraído a atenção de muitos curiosos.