A notícia e o vídeo que o CM e a CMTV divulgaram em primeira mão esta terça-feira sobre a detenção de um cidadão brasileiro no Montijo estão a ter repercussão do outro lado do Atlântico.
No Brasil, meios como a Globo divulgam a detenção violenta, em que Jair Costa é detido na repartição de finanças do Montijo por um militar que lhe aplica um golpe de 'mata leão', uma manobra em que a vítima é vítima de uma chave de braça à volta do pescoço que o deixa quase sem respirar.
O momento foi filmado pela própria vítima, que fez uma transmissão em directo para o Facebook.
A Globo sublinha que "Segundo o jornal "Correio da Manhã", a Guarda Nacional Republicana (GNR) de Portugal enviou um comunicado à imprensa afirmando que confirma a detenção de um indivíduo por conduta imprópria e afirma que abriu um inquérito para apurar responsabilidades".
A Globo acrescenta que "o brasileiro acabou liberado, mas terá de se apresentar a um juiz de instrução na quarta-feira. Ele é acusado de dois crimes: um de desobediência e outro de coação a funcionário público. A GNR vai também abrir um processo interno para apurar se houve abuso de poder ou excesso de uso de força pelo seu agente".
A modelo brasileira Ju Isen, famosa por participar despida em manifestações políticas no Brasil, chegou esta segunda-feira a Portugal para participar no programa Love on Top.
À chegada ao aeroporto de Lisboa, a modelo não se coibiu de mostrar os seios, usando uma camisola transparente e uma bandeira do Brasil para receber os jornalistas.
Ju Isen ficou conhecida em 2015 por sair à rua com pouca roupa durante os protestos de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Usando o corpo como protesto político, a modelo chegou mesmo a prometer fazer uma greve de sexo na altura da aprovação do processo que viria a afastar Dilma da presidência brasileira.
Mais tarde, já no Carnaval de 2017, voltou a dar que falar ao mostrar o ânus num desfile durante uma entrevista a um canal de televisão, relata o Portal IG.
A primeira semana de maio de 2007 entrava na reta final. Era quinta-feira, dia 3. Uma noite igual a tantas outras noites de primavera no Algarve. Pelo menos tudo apontava para isso. Mas o desaparecimento de uma criança britânica de um resort, na Praia da Luz, transformou essa terceira noite de maio de 2007 numa das mais mediáticas de sempre. Dez anos depois, o que aconteceu, afinal, a Madeleine McCann? São muitas as perguntas que continuam sem resposta.
A NOITE DO DESAPARECIMENTO Madeleine Beth McCann era a mais velha dos três filhos do casal Kate e Gerry McCann. Nasceu a 12 de maio de 2003 e vivia com a família na pequena vila inglesa de Rothley. Os cinco aproveitavam o habitual calor primaveril do Algarve. Kate, médica anastesista, e Gerry, cardiologista, estavam de férias. Na noite de 3 de maio de 2007, o casal deixou Maddie e os dois irmãos gémeos Sean e Amelie a dormir num dos apartamentos do resort Ocean Club, na Praia da Luz, e seguiram para jantar, num restaurante a poucas dezenas de metros. Pouco depois das 21h00, Gerry regressou ao apartamento para ver se estava tudo bem com os filhos. Ainda estava, mas não por muito tempo. Cerca de uma hora mais tarde, foi a vez de Kate verificar como estavam as crianças. Foi aí que o alerta surgiu: a cama de Maddie estava vazia e as janelas e estores estavam abertos.
Fotografia do quarto onde estava Maddie, divulgada seis meses depois do
desaparecimento. Uma imagem não oficial, publicada pela imprensa
britânica.
Foi um amigo do casal que avisou a receção do resort, que posteriormente alertou a GNR.
As autoridades chegaram ao local e, nessa noite, as buscas duraram até quase às cinco da manhã. Uma noite de procura infrutífera, que marcou o início de um dos casos mais polémicos e mais mediáticos de sempre: Maddie McCann, uma criança britânica de apenas 3 anos, desaparecera em Portugal.
A primeira declaração dos McCann aos jornalistas.
BUSCAS E INVESTIGAÇÃO INICIAL
Passada a primeira noite sem sinais de Maddie, os alertas ganhavam cada vez mais dimensão. Casas vizinhas inspecionadas uma a uma, operações STOP nas estradas de acesso à Praia da Luz, dezenas de populares envolvidos nas buscas e até a costa era patrulhada pela Polícia Marítima. Mas nada. Nenhuma indicação de que a criança estivesse perto de ser encontrada.
Vasco Celio / Reuters
Hugo Correia / Reuters
Uma semana depois do desaparecimento, a GNR informava que as buscas se encontravam "em fase de conclusão".
Começaram então a surgir as primeiras teorias e os primeiros suspeitos. Uma das pistas apontava para a possibilidade de Maddie ter sido levada a bordo de um veleiro, num alegado rapto em que estaria envolvido Robert Murat (na altura o único arguido no caso) e um suspeito procurado em Espanha por tentativa de rapto de uma menor, no verão anterior.
Associadas a estas primeiras conclusões estavam também vários testemunhos, dados através de telefonemas para as autoridades. Cada vez mais caminhos, cada vez menos certezas.
Em agosto, a Polícia Judiciária admitia publicamente, pela primeira vez, a possibilidade de Maddie estar morta, depois de ter sido recolhida uma amostra de sangue de uma das cortinas no apartamento em que estava a criança britânica.
Um cenário que motivou as primeiras críticas do casal McCann às autoridades portuguesas.
POLÍCIA JUDICIÁRIA VS MCCANN
Numa fase ainda precoce da investigação, a PJ garantia que não recaíam quaisquer suspeitas sobre a família ou amigos de Maddie. Contudo, um mês e meio depois do desaparecimento, essa realidade deixava de o ser, com a Judiciária a assumir que esses mesmos familiares e amigos poderiam ter danificado indícios importantes no apartamento onde estava a criança. Uma destruição de provas que colocava a investigação em risco.
As primeiras críticas à investigação portuguesa vindas do Reino Unido foram veiculadas pela imprensa britânica, que acusou funcionários da PJ de forjarem provas. Em resposta, a Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal admitiu a hipótese de processar alguns jornais.
Em agosto, o casal McCann dizia manter a confiança na polícia portuguesa. Mas, um mês depois, novas evidências davam novos contornos à investigação: tinha sido encontrado cabelo de Maddie na tampa do fundo falso da bagageira de um carro alugado pelos McCann. Um cenário que levou as autoridades a admitirem a hipótese do corpo ter sido escondido no local destinado à roda suplente do automóvel.
Kate e Gerry McCann voltam a ser interrogados e acabam por ser constituídos arguidos, ficando sujeitos a termo de identidade e residência. O casal nega qualquer envolvimento no rapto e regressa, dias depois, ao Reino Unido.
Um desfecho que deixa os McCann em xeque, com a possibilidade de perder os gémeos aliada às queixas de Kate sobre os filhos e o marido.
Hugo Correia
É também por essa altura que um dos irmãos de Gerry sai em defesa do casal e deixa críticas à imprensa nacional.
A investigação segue sem progressos significativos até julho de 2008, altura em que o caso é arquivado pelas autoridades portuguesas. Tal desfecho leva os pais de Maddie, que deixavam de ser suspeitos, a admitirem a possibilidade de processar a Justiça portuguesa.
Vasco Celio
É também nessa altura que o inspetor da PJ responsável pelo processo (que entretanto deixara de o ser), Gonçalo Amaral, lança um livro que promete revelações polémicas sobre o caso. Em reação, os McCann processam o antigo inspetor e é lançado um frente-a-frente que duraria vários meses e chegaria à barra dos tribunais.
Joao Henriques / AP
Associadas às críticas da imprensa britânica, também as autoridades do Reino Unido começam a questionar a investigação portuguesa, num processo que tinha cada vez mais perguntas e cada vez menos respostas.
UM PROCESSO DE AVANÇOS E (MAIS) RETROCESSOS
Sem contar com os inúmeros alegados avistamentos de Maddie, que, na esmagadora maioria das vezes, pouco ou nada contribuíram para a investigação, o caso registou, ao longo dos anos, mais retrocessos que avanços.
Em abril de 2009, o jornal britânico Sunday Express divulga um retrato robot de Maddie, já com quase 6 anos, com ligeiras mudanças no rosto e a mesma marca distintitiva na íris do olho direito. Uma imagem que se revelou infrutífera.
Mais de um ano e meio depois do arquivamento do caso, em fevereiro de 2010, o casal McCann volta a pedir às autoridades portuguesas que revejam todas as informações e pistas recolhidas ao longo da investigação.
O pedido não é imediatamente acedido e, dois anos depois, é a polícia inglesa a avançar com um processo de investigação próprio, alegando ter novas pistas. Nesse âmbito a PJ de Faro volta a efetuar diligências e, a 24 de outubro de 2013, o Ministério Público reabre o processo.
São feitas buscas em diferentes zonas da Praia da Luz e nos arredores, acompanhadas por inspetores da Scotland Yard, novamente sem êxito.
No final de 2014, a polícia britânica regressa a Portugal para ouvir mais testemunhas, mas as inquirições voltam a não surtir resultados conclusivos. Ao longo dos meses que se seguiram, o número de retrocessos voltou a ser muito superior à quantidade de avanços.
INTERNACIONALIZAÇÃO E MEDIATIZAÇÃO DO CASO
Talvez por muitas perguntas não terem resposta, o desaparecimento de Maddie tornou-se rapidamente num caso de rara mediatização, ultrapassando desde cedo as fronteiras nacionais.
O quarto aniversário da criança, apenas nove dias depois do desaparecimento, foi marcado por orações e várias manifestações de apoio, numa igreja na Praia da Luz repleta de ingleses e portugueses.
O caso moveu e comoveu milhões de pessoas e , nesse mesmo maio de 2007, foram colocadas à venda em Inglaterra milhares de pulseiras de borracha para lembrar o desaparecimento de Maddie.
Apenas dias depois, Kate e Gerry marcavam presença na audiência semanal do papa Bento XVI, no Vaticano, na qual o Sumo Pontífice trocou algumas palavras com o casal e benzeu uma fotografia da criança.
O rosto de Maddie estava em jornais e televisões de todo o mundo.
Em maio de 2009, o casal McCann dava uma entrevista ao programa de Oprah Winfrey, um dos talk shows mais vistos no planeta.
A onda de solidariedade por Maddie chegou também ao desporto, com jogadores como Cristiano Ronaldo (que na altura jogava no Manchester United), David Beckham ou John Terry a deixarem apelos e mensagens de apoio.
A mensagem de David Beckham.
Reuters TV
A elevada mediatização do caso não produziu apenas efeitos positivos e um dos exemplos de reveses dessa mesma internacionalização foram dois casos com consequências criminais: o de uma britânica que recolhia fundos para "apoiar" as buscas e o de um casal (um italiano e uma portuguesa) detido em Espanha após ter tentado extorquir dinheiro aos pais de Maddie.
10 ANOS DEPOIS
Passaram-se 10 anos do desaparecimento de Madeleine McCann e são muitas as perguntas que continuam por responder sobre o paradeiro de Maddie que, se ainda estiver viva, está prestes a completar 14 anos.
Já em março deste ano, ficou a saber-se que a polícia britânica vai receber mais 97 mil euros para continuar a investigar o caso pelo menos por mais seis meses.
Em abril, foi a Polícia Judiciária a reiterar que "o caso continua aberto" e foi entregue a uma equipa de investigadores do Porto.
Também em abril, a televisão australiana Channel 7 transmitiu um documentário que prometia novas revelações sobre o caso mas que acabou por não dar resposta às perguntas essenciais. O programa foi muito criticado e, segundo a imprensa britânica, até os pais de Maddie se mostraram descontentes com o conteúdo transmitido.
Na mais recente manifestação pública sobre o desaparecimento da filha, os McCann recordam outros casos de crianças desaparecidas que reapareceram depois de vários anos e lamentaram um marco temporal "horrível".
Na carta, publicada na página da fundação, Kate e Gerry antecipam semanas "stressantes e dolorosas" devido à "desinformação, meias-verdades e mentiras" que vão encher jornais, emissões televisivas e redes sociais.
Dez anos depois, o casal agradece pelo "amor, solidariedade e apoio" que recebeu de várias pessoas ao longo da última década, que os fez "manter a fé na bondade humana".
O último retrato robot de Maddie, divulgado em 2012, que mostra como estaria a criança aos 9 anos.
Mais de 3.600 dias depois do desaparecimento, o caso continua a atrair a atenção da imprensa internacional, mas a pergunta das perguntas continua sem resposta: o que aconteceu, afinal, a Madeleine McCann?
Segundo Manchete do Moscou News , Ele é obrigado a dizer varias vezes enquanto apanha que é monstro.
Mal acaba de entrar na sela , e jovem é espancado. Enquanto apanhava, o jovem criador do jogo, que estáva nu, é obrigado pelos agressores a dizer que é monstro.
“Eu sou um monstro sem vergonha. Tarado sem vergonha”, diz a vítima durante seção de espancamento.
Ele teve o intestino perfurado e foi socorrido , levado ao Hospital de Urgências de Moscou , onde alguns profissionais , recusaram atendimento, o qual só foi realizado devido imposição pela policia, caso contrario o jovem poderia ter morrido , disse o Secretario de Administração Penitenciária e Justiça, o detento já teve alta médica e está isolado em uma cela no presídio.
Colegas dão socos e chutes na vítima por cerca de dez minuto, Secretaria diz que caso não se trata de agressão, mas de uma iniciação e não sera investigado. A vitima é o homem responsável pela criação do jogo macabro:O russo Philip Budeikin, de 21 anos.
Saiba mais
A agressão ocorreu no dia 28 deste mês. As imagens mostram que ao menos dez homens assistiam enquanto o preso era espancado. Um cabo de vassoura foi usado durante o crime. Segundo o superintendente de Segurança Prisional do presídio, o crime será investigado.
Crimes
A ideia de criar um jogo composto por cinquenta passos a serem cumpridos teria sido inventado por ele para poder aliciar sobretudo adolescentes que estivessem passando por um momento crítico.
“A história dele tem que ser analisada com certa parcimônia porque ele possui um distúrbio mental e ele não chegou a consumar a conjunção carnal com a maioria das vítimas”, diz o delegado local Manel Vanderickz.
Jenny Scordamaglia, uma repórter de televisão norte-americana, apresenta um novo programa onde prepara um prato de comida enquanto se vai despindo para as câmaras.
O cenário tem a cozinha como pano de fundo e entre frutas, vegetais e carne, encontra-se a apresentadora a explicar os procedimentos dos cozinhados. Na última emissão, a mulher de 28 anos, convidou Elia Adams, que apresenta também nua um bloco informativo, para a ajudar a preparar a refeição.
O formato chama-se Naked Kitchen e está integrado na Miami TV, canal lançado pela mão de Scordamaglia em 2007 que tem como objetivo revelar as bisbilhotices daquela cidade. Jenny tem mais de 65 mil seguidores na rede social Twitter e entretém-nos com várias fotografias provocantes, algumas delas em que aparece completamente nua.
Com segurança, bons serviços públicos e economia em alta, Portugal atrai mais imigrantes brasileiros com boa renda — de universitários a aposentados.
Pedro Costa, a mulher Fernanda e a filha, Maria Laura, no Castelo de São Jorge, Lisboa (Caio Guatelli/VEJA)
Pelo paço da Universidade de Coimbra, fundada em 1290, passaram reis da primeira dinastia de Portugal e grandes nomes da história do Brasil, como José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência. Hoje, dos mais de 20 000 estudantes de uniformes impecáveis, cobertos por capas pretas, cerca de 10% são brasileiros, o mesmo percentual de todos os demais estrangeiros matriculados – um número que cresceu desde que o Enem passou a ser aceito como vestibular em uma série de universidades do país.
Reportagem especial de VEJA desta semana explica esse fenômeno e narra a experiência de quem se deu bem ou se frustrou com a viagem. Também explica como os serviços públicos e a segurança compensam, para os felizes, o fato de não se tratar, ao menos hoje em dia, de uma terra para juntar dinheiro e ter um altíssimo padrão de vida.
Representantes das classes média ou alta, esses jovens são a cara da nova onda migratória brasileira rumo ao país ibérico. Há espaço para muitos perfis: aposentados, estudantes, investidores de pequena ou de grande monta. Morar em Portugal se tornou um sonho para muitos paulistas, cariocas, pernambucanos, que trabalham em diversas ocupações, da Netflix ao Uber.
É um fluxo semelhante ao que invadiu Miami anos atrás pela porta da frente: imigrantes com documentação legal e, em muitos casos, com dinheiro para comprar imóveis e desfrutar uma boa vida na nova pátria. “Na virada do século a leva de imigrantes era de trabalhadores da construção civil ou no atendimento em restaurantes. Hoje, o perfil educacional é mais elevado”, diz João Peixoto, professor de sociologia e demografia da Universidade de Lisboa.
Tal como ocorreu em Miami, trata-se de um movimento ainda com pouco impacto demográfico sobre o total de brasileiros que vivem no país ibérico. Em 2016, eram cerca de 85 000, ou pouco mais de 21% dos estrangeiros legais no pequeno país de 10 milhões de habitantes. A quantidade, portanto, não é muito expressiva, mas representa um fenômeno do ponto de vista econômico. As remessas feitas do Brasil para Portugal passaram de 55,6 milhões de dólares, em 2014, para 71,1 milhões, em 2016. Isso porque os novos moradores continuam recebendo proventos do Brasil, sejam de empresas, sejam de imóveis ou aposentadoria.
Um cabo submarino de fibra ótica vai ligar Sines (Portugal) a Fortaleza (Brasil) num projeto de um consórcio hispano-brasileiro que deverá estar concluído em 2018 e permitirá uma ligação direta entre a Europa e o Brasil, sem passar pelos Estados Unidos.
"No mundo dos cabos submarinos este projeto é a resposta a uma necessidade imperiosa", disse hoje à agência Lusa o presidente do conselho de administração da EllaLink, Alfonso Gajate, acrescentando que "Portugal também tem todo o interesse neste investimento".
Gajate esteve na segunda-feira em São Paulo (Brasil) para assistir à apresentação que o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, e o ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, fizeram do projeto EllaLink, onde a espanhola Eulalink tem 65 % do capital e a brasileira Telebras 35 %.
A secção principal do cabo terá cerca de 9.400 quilómetros e irá unir Sines a Santos, no Estado de São Paulo no Brasil, com ramificações para Fortaleza (Brasil), Cabo Verde, Ilhas Canárias (Espanha) e Madeira (Portugal).
EllaLink pretende responder ao aumento da procura de redes de alta capacidade, mas Alfonso Gajate insistiu que as razões culturais e históricas também são importantes para haver uma ligação direta entre estas duas partes do globo.
"Afinal de contas", explica Alfonso Gajate, "o Brasil está mais perto de Sines do que Miami (Estados Unidos)".
Razões estratégicas e de segurança também explicam a necessidade desta ligação de alta capacidade, sem depender, como até agora, de cabos que passavam pelos Estados Unidos.
"Ganharemos em capacidade, em velocidade e em confidencialidade", disse Mariano Rajoy na apresentação do projeto na segunda-feira, realçando o seu "enorme valor estratégico.
O presidente do conselho de administração da EllaLink assegurou que "o projeto tem o apoio do Governo português" e que a empresa tem de equipar um centro técnico que já tem em Sines e estará também presente em Lisboa, onde irá conectar a uma série de outras ligações já existentes na capital portuguesa.
"Os postos de trabalho que vamos criar em Portugal com este projeto não são num número muito elevado. Importantes vão ser os postos que vamos dar a outras empresas para criar pelo facto de terem melhores ligações", disse Alfonso Gajate.
Os cabos submarinos são importantes pois o acesso fácil, por exemplo, à Internet depende da interconexão de todas as redes mundiais.
O único cabo que neste momento liga a Europa ao Brasil, denominado Atlantis-2, já está com a sua capacidade praticamente esgotada e é usado, principalmente, para comunicações telefónicas.
Alfonso Gajate considera "absurdo" que oito dos nove dos atuais cabos submarinos que ligam a Europa à América do Sul passem pelos Estados Unidos, com 99% do tráfego de dados, e apenas um, obsoleto e saturado, faça a ligação mais curta.