Se você possui scripts JQuery ou plugins Ohxx Portugal: Associação venezuelana assinala 600 anos do descobrimento da Madeira condecorando madeirenses

Total de visualizações de página

domingo, 20 de janeiro de 2019

Associação venezuelana assinala 600 anos do descobrimento da Madeira condecorando madeirenses



























Caracas, 20 jan (Lusa) - A Associação Venezuelana de Professores de Língua Portuguesa (AVELP) vai assinalar os 600 anos do descobrimento da Madeira, condecorando madeirenses que estão há décadas no país e que tenham contribuído para o desenvolvimento local daquele arquipélago.

"Vamos fazer uma homenagem digna aos madeirenses, que são os que realmente hoje continuam aqui", disse à Lusa o presidente da AVELP, David Pinho, a propósito dos 600 anos do descobrimento da Madeira, a 01 de julho.

"Encomendámos aos alunos a tarefa de investigar histórias de vida e o contributo que deram ao desenvolvimento tanto da Venezuela como de Portugal. Vamos dedicar-nos principalmente aos madeirenses que chegaram na época da ditadura" em Portugal, relatou.

A intenção é condecorar "os mais velhos, mas sobretudo os que chegaram nos anos 1950 e 1960", na cerimónia, que decorrerá no Centro Portugês.

"Em Vargas [norte de Caracas], há uma grande quantidade de madeirenses na venda de peixe e também na agricultura. Em Santo António de Los Altos, no estado de Miranda [sul de Caracas], também temos vários casos na agricultura e inclusive já temos algumas histórias de vida", frisou.

Aos quase 3.000 alunos de português foi atribuída a tarefa de investigar a história dos madeirenses e, durante vários meses, os estudantes "vão trabalhar com eles", explicou o professor.


"Temos casos muito específicos, muito particulares, de madeirenses que progrediram muito aqui na Venezuela e que hoje em dia, por diversas razões, não regressam a Portugal. Pelos filhos, pela questão climática, ficaram neste país e desenvolveram muito este território", disse.

David Pinho insistiu que, atualmente, "são os madeirenses que realmente continuam nesta terra", porque "os continentais, depois dos anos 1983 e 1987, devido à queda do dólar, foram-se embora".

"Temos uma população de muitos madeirenses que agora começou a interessar-se com a [aprendizagem da] língua, tal como os lusodescendentes, filhos de madeirenses", disse.

O presidente da AVELP disse ainda estar "preocupado com o grande problema económico" que a Venezuela atravessa atualmente e relatou que as escolas são forçadas a cobrar uma mensalidade muito barata, porque caso contrário os alunos desistem.

Além disso, lamentou: "Não temos uma ajuda do Estado" português.

"O professor é muito mal pago aqui na Venezuela, uma hora está entre cem e duzentos bolívares soberanos [entre 0,087 euros e 0,17 euros à taxa de câmbio oficial de hoje]. Não é valor digno para trabalhar", afirmou.

Segundo David Pinho, a associação está a discutir esta realidade com associações portuguesas na Venezuela.

"Queremos que os professores sejam compensados, porque há poucos professores e temos que os aproveitar e pagar-lhes como deve ser", referiu.

A AVELP foi fundada há três anos e tem 140 professores filiados.

FPG // JH





Inscreva-se aqui no nosso canal: -> YouTube e/ou Dailymotion




Nenhum comentário:

Postar um comentário