No relato das pessoas que estavam no acampamento no momento do ataque, a informação é a de que a ação aconteceu por volta das 4h. O ferido, identificado como Jeferson Lima de Menezes, é do estado de São Paulo e ficou em estado grave.
A autoria do ataque ainda não foi identificada, mas segundo o que disseram os integrantes do acampamento, havia movimentação de pessoas passando em frente ao local e gritando palavras de ordem a Jair Bolsonaro, candidato à presidência do Brasil. A PM fez buscas pela região, mas não encontrou nenhum suspeito.
Além de Jeferson, que está internado, entubado e instável no HT, uma mulher que estava no banheiro no momento do tiroteio também se machucou. Os tiros perfuraram três banheiros e ela não foi atingida pela bala, mas sim por estilhaços provocados pelos disparos. Segundo o pessoal do acampamento, o estado de saúde dessa vítima não é grave.
Gravação
Um vídeo ao vivo, feito através da página Nova Militância Brasil, no facebook, mostra o exato momento em que os disparos começaram. As imagens começaram a ser filmadas por volta das 4h, o que vai ao encontro com o que foi dito pelos ocupantes do acampamento, e mostram um rapaz avisando que o local estava sendo alvo de um ataque, enquanto do lado de fora era possível se ouvir os disparos. Veja:
Gleisi fala sobre o ataque a tiros ao acampamento da Vigília Democrática durante a madrugada
Protesto e revolta
O ataque a tiros fez com que os manifestantes fechassem a Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, no Atuba, próximo ao acampamento, no começo da manhã deste sábado. Em nota, os representantes da vigília Lula Livre repudiaram o que aconteceu e disseram que o fato de não ter havido vítimas fatais não diminui a gravidade da tentativa de homicídio que aconteceu.
Para os integrantes do movimento, “a ação foi motivada pelo ódio e provocação de quem não aceita que a vigília é pacífica, alcança três semanas e vai receber um Primeiro de Maio com presença massiva em Curitiba. Não nos intimidarão”. Eles também alegam que o atentado foi algo anunciado, pois desde que mudaram para o local já tinham sido atacados.
“Desde aquele momento (quando se mudaram), a coordenação da vigília já exigia policiamento e apoio de viaturas, como foi inclusive sinalizado nos acordos para mudança no local do acampamento”, consideraram os manifestantes. Apesar do que aconteceu, eles afirmaram que vão continuar com as atividades.
Apesar do ataque, manifestantes não vão sair do Santa Cândida. Foto: Divulgação/Neudicleia de Oliveira/ Brasil de Fato. |
Segurança Pública
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná (SESP) confirma o ataque ao acampamento na madrugada deste sábado e afirma que os tiros foram efetuados por um indivíduo que chegou ao local a pé. Segundo o comunicado, peritos da Polícia Cientifica, policiais militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, estiveram no local e recolheram cápsulas de pistola 9 mm. Foi aberto um inquérito para apurar o caso.
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