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sábado, 28 de abril de 2018

Ataque a tiros ao acampamento contra prisão de Lula deixa duas pessoas feridas!

Apoiantes do ex-presidente Lula, acampados no Santa Cândida, foram alvo de um ataque a tiros na madrugada deste sábado.

Protesto fechou avenida no começo da manhã por conta do ataque sofrido na madrugada. Foto: Divulgação/Neudicleia de Oliveira/ Brasil de Fato



Os apoiantes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estão acampados na Rua Padre João Wislinski, no Santa Cândida, foram alvo de um ataque a tiros na madrugada deste sábado (28). Todos estavam no acampamento quando suspeitos armados começaram a atirar. Um homem ficou ferido no pescoço e uma mulher se feriu por estilhaços.

A Polícia Militar (PM) confirmou à Tribuna do Paraná que o ataque aconteceu no meio da madrugada. Segundo a PM, uma ligação feita informava que pelo menos uma pessoa armada teria se aproximado do local, cerca de 40 metros, e começado a disparar. Um homem foi ferido pelos tiros e socorrido pelos populares, que o levaram à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Boa Vista e de lá foi encaminhado ao Hospital do Trabalhador (HT).



























No relato das pessoas que estavam no acampamento no momento do ataque, a informação é a de que a ação aconteceu por volta das 4h. O ferido, identificado como Jeferson Lima de Menezes, é do estado de São Paulo e ficou em estado grave.
A autoria do ataque ainda não foi identificada, mas segundo o que disseram os integrantes do acampamento, havia movimentação de pessoas passando em frente ao local e gritando palavras de ordem a Jair Bolsonaro, candidato à presidência do Brasil. A PM fez buscas pela região, mas não encontrou nenhum suspeito.
Além de Jeferson, que está internado, entubado e instável no HT, uma mulher que estava no banheiro no momento do tiroteio também se machucou. Os tiros perfuraram três banheiros e ela não foi atingida pela bala, mas sim por estilhaços provocados pelos disparos. Segundo o pessoal do acampamento, o estado de saúde dessa vítima não é grave.

Gravação

Um vídeo ao vivo, feito através da página Nova Militância Brasil, no facebook, mostra o exato momento em que os disparos começaram. As imagens começaram a ser filmadas por volta das 4h, o que vai ao encontro com o que foi dito pelos ocupantes do acampamento, e mostram um rapaz avisando que o local estava sendo alvo de um ataque, enquanto do lado de fora era possível se ouvir os disparos. Veja:




Gleisi fala sobre o ataque a tiros ao acampamento da Vigília Democrática durante a madrugada





Protesto e revolta


O ataque a tiros fez com que os manifestantes fechassem a Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, no Atuba, próximo ao acampamento, no começo da manhã deste sábado. Em nota, os representantes da vigília Lula Livre repudiaram o que aconteceu e disseram que o fato de não ter havido vítimas fatais não diminui a gravidade da tentativa de homicídio  que aconteceu.


Para os integrantes do movimento, “a ação foi motivada pelo ódio e provocação de quem não aceita que a vigília é pacífica, alcança três semanas e vai receber um Primeiro de Maio com presença massiva em Curitiba. Não nos intimidarão”. Eles também alegam que o atentado foi algo anunciado, pois desde que mudaram para o local já tinham sido atacados.


Apesar do ataque, manifestantes não vão sair do Santa Cândida. Foto: Divulgação/Neudicleia de Oliveira/ Brasil de Fato.


Segurança Pública

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná (SESP) confirma o ataque ao acampamento na madrugada deste sábado e afirma que os tiros foram efetuados por um indivíduo que chegou ao local a pé. Segundo o comunicado, peritos da Polícia Cientifica, policiais militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, estiveram no local e recolheram cápsulas de pistola 9 mm. Foi aberto um inquérito para apurar o caso.

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quinta-feira, 5 de abril de 2018

Justiça do Paraná bloqueia bens de Gleisi Hoffmann

Decisão tem como objetivo garantir o pagamento de R$ 162.199,53 ao secretário de Saúde do Paraná por danos morais e ato difamatório.

A senadora Gleisi Hoffmann: contas bloqueadas. (Reprodução/Reprodução)



A Justiça do Paraná determinou o bloqueio das contas da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). A decisão é do juiz Maurício Doutor, da 8ª Vara Cível de Curitiba, e tem como objetivo garantir o pagamento de uma indenização de R$ 162.199,53 ao secretário de Saúde do Paraná, Michele Caputo Neto. “Após a conferência do recolhimento das taxas, sem dar ciência à parte contrária, providencie a serventia, via BacenJud, a indisponibilidade dos ativos financeiros existentes em nome do executado até o valor indicado na execução”, diz o magistrado em seu despacho.

O bloqueio das contas de Gleisi é resultado da ação movida contra a senadora em 2008. Na época, a petista, por meio de seu blog pessoal (Blog da Gleisi), acusou Michele Caputo de ser o “maior operador de sacanagem do PSDB do Paraná”. Em 11 de agosto de 2009, a 8ª Vara Cível de Curitiba acatou a ação e condenou Gleisi a pagar R$ 5 mil por danos morais e ato difamatório na internet. Gleisi recorreu na justiça de Curitiba e o juízo reformou a sentença condenando a senadora a pagar R$ 50 mil para Caputo.

A petista continuou recorrendo da decisão em instâncias superiores e ação foi parar no STJ. Em dezembro de 2016, o relator do agravo de recurso especial, ministro Paulo de Tarso Sanseverino, negou provimento ao pedido a senadora e o tribunal, por unanimidade, condenou Gleisi a pagar a multa pecuniária no valor de R$ 50 mil, acrescidos de juros e correções, o que resulta no valor de R$ 162.199,53. Os cálculos são de março de 2017.

O STJ remeteu a ação para execução e pagamento a 8ª Vara Cível de Curitiba em 9 de novembro de 2016 e as partes foram notificadas em 21 de novembro daquele ano. Como não cabia mais recurso, a senadora tentou desde então impugnar a execução da sentença.


Outro lado

A senadora divulgou nota, por meio de sua assessoria de imprensa, em que afirma que o comentário sobre Caputo foi feito por terceiros. “Infelizmente, essa ação foi perdida porque a representação jurídica, à época, não interpôs recurso no prazo. E foi movida não por causa de alguma manifestação da parte de Gleisi Hoffmann, mas por conta de comentário de terceiros, postado na rede social dela. Hoje, toda a jurisprudência define que comentários de terceiros não geram dever de indenização por titulares dos perfis em redes sociais”, diz a nota.









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