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quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Discurso de Bolsonaro na ONU foi "delirante" e confrangedor

O Presidente brasileiro afirmou que o seu Governo é vítima de uma "campanha brutal de desinformação sobre a Amazónia.


O discurso do Presidente do Brasil proferido esta terça-feira na abertura da 75.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) foi considerado "delirante" e confrangedor por organizações de defesa da preservação ambiental.


"Jair Bolsonaro não fugiu do 'script' [roteiro] no discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas" e num discurso "calculadamente delirante, o Presidente mais uma vez expôs o país de forma constrangedora e confirmou as preocupações dos investidores internacionais que pensam em sair do Brasil", disse em comunicado o Observatório do Clima, coligação de organizações criada para discutir as mudanças climáticas no Brasil em 2001.

A organização acrescentou que "ao negar simultaneamente a crise ambiental e a pandemia, o Presidente dá a trilha sonora para o desinvestimento e o cancelamento de acordos comerciais no momento crítico de recuperação económica pós-covid".

O Presidente brasileiro afirmou hoje na abertura dos debates da Assembleia Geral da ONU que o seu Governo é vítima de uma "campanha brutal de desinformação sobre a Amazónia.

"O agronegócio [do Brasil] continua pujante e, acima de tudo, possuindo e respeitando a melhor legislação ambiental do planeta. Mesmo assim, somos vítimas de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazónia e o Pantanal", afirmou Bolsonaro.

Sobre a crítica feita por Bolsonaro, que no passado chamou as organizações não-governamentais (ONG) que lutam em defesa da preservação da Amazónia de "cancro", o Observatório do Clima observou que Bolsonaro "acusou um conluio inexistente entre ONG e potências estrangeiras contra o país, mas, ao negar a realidade e não apresentar nenhum plano para os problemas".

Mantendo a linha de colocar em causa as declarações feitas pelo líder brasileiro, Gabriela Yamaguchi, diretora de Sociedade Engajada do WWF-Brasil, considerou que o Bolsonaro proferiu "uma fala cheia de acusações infundadas e ilações sem base científica que não condiz com o papel de um chefe de Estado".

"Declarar que as queimadas são provocadas pelos "índios e caboclos"[povos tradicionais descendentes de indígenas e brancos] é a maior delas. Como um roteiro de ficção, o discurso uniu palavras-chaves das Nações Unidas com descrições de um Brasil que não existiu em 2020, em completo negacionismo da realidade do país e desconsiderando a urgência e seriedade dos desafios globais que o secretário-geral da ONU, António Guterres, tão bem descreveu", acrescentou.

Já a organização Greenpeace avaliou, também em comunicado, que Governo brasileiro está sob intensa pressão nacional e internacional devido aos números crescentes de queimadas e ações de desflorestamento, e diante de um país que arde em chamas, o discurso negacionista do Presidente "envergonha o povo brasileiro e isola o Brasil do mundo".

A ONG lembrou que o país sul-americano detém uma parcela considerável da maior floresta tropical do mundo, a Amazónia, em seu território, além da maior planície interior inundável do mundo, o Pantanal, mas não está a preservar estes biomas que sofrem com queimadas e ações de desflorestação nos últimos anos.

"Desde que Bolsonaro assumiu o poder, o país está se transformando em líder mundial em desflorestamento. Segundo dados da Global Forest Watch, o Brasil foi o país que mais destruiu suas florestas em 2019, e este ano, os dados mostram que a situação só se agravou. Os efeitos de tamanha destruição se refletem nas queimadas que estão avançando sobre alguns dos principais biomas brasileiros, como o Pantanal, a Amazónia e o Cerrado", frisou a Greenpeace.

A organização ambientalista concluiu que "o mundo está vendo, horrorizado", a forma como o Governo brasileiro trata as florestas a partir do desmonte sistemático das estruturas e políticas públicas que promovem a proteção ambiental.

O Presidente do Brasil abriu hoje, como é tradicional, as intervenções de líderes na Assembleia Geral da ONU. Este ano, a organização multilateral celebra 75 anos e o encontro iniciado hoje, que tem a pandemia de covid-19 como pano de fundo, impediu a presença de todos os participantes, levando-a para o formato de videoconferências.


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terça-feira, 29 de outubro de 2019

Bolsonaro pede desculpa após comparar Supremo Tribunal Federal com hiena

Comparação feita nas redes sociais do Presidente do Brasil.


























O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, pediu hoje desculpas depois de publicar nas suas redes sociais um vídeo em que o Supremo Tribunal Federal (STF), a máxima instância judicial no Brasil, era representado como uma hiena que o atacava.
O vídeo foi publicado e apagado da conta do Presidente brasileiro na segunda-feira e, ao ser questionado sobre o assunto durante uma visita oficial à Arábia Saudita, primeiro Jair Bolsonaro encerrou uma conferência de imprensa, mas depois disse que pediria desculpas em declarações exclusivas ao jornal brasileiro O Estado de S.Paulo.
"Me desculpo publicamente ao STF, a quem por ventura ficou ofendido. Foi uma injustiça, sim, corrigimos e vamos publicar uma matéria que leva para esse lado das desculpas. Erramos e haverá retratação", afirmou o Presidente brasileiro.


Jair Bolsonaro foi questionado sobre um vídeo publicado na sua conta da rede social Twitter, onde aparecia representado por um leão a ser atacado por hienas, que seriam seus adversários políticos, os 'media' e instituições como o STF, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e até a Organização das Nações Unidas (ONU).
No vídeo, o leão Bolsonaro é salvo por outro leão que representaria os eleitores conservadores que o apoiam.
"Vamos apoiar nosso Presidente até o fim e não o atacar. A oposição já faz isso", dizia a mensagem divulgada no final do vídeo.


A publicação motivou uma tomada de posição do decano (juiz mais antigo) do STF, Celso de Mello, que enviou uma resposta aos meios de comunicação brasileiros afirmando que a publicação de Jair Bolsonaro tornava "evidente que o atrevimento presidencial parece não encontrar limites na compostura que um chefe de Estado deve demonstrar no exercício de suas altas funções".
"O vídeo que equipara, ofensivamente, o Supremo Tribunal Federal a uma 'hiena' culmina, de modo absurdo e grosseiro, por falsamente identificar a Suprema Corte como um de seus opositores", acrescentou.


O Presidente brasileiro realiza uma ronda diplomática que incluiu viagens ao Japão, China e aos Emirados Árabes, com o objetivo principal de aprofundar os laços do Brasil com agentes comerciais da Ásia e do Oriente Médio.
Lusa


quarta-feira, 6 de março de 2019

Bolsonaro posta vídeo de ato obsceno e o associa a blocos de Carnaval

Presidente foi alvo de ironias e xingamentos de foliões pelas ruas do país.

O presidente Jair Bolsonaro publicou um vídeo denunciando nudez no Carnaval (Marcos Corrêa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro compartilhou um vídeo obsceno em sua conta oficial no Twitter . Nas imagens, postadas na noite desta terça-feira, 5, um homem, com as nádegas à mostra, aparece introduzindo o dedo no próprio ânus. Na sequência, ele se agacha para que outro rapaz urine na sua cabeça.

O presidente declara que não se “sente confortável” em mostrar o conteúdo, mas diz que “é isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro”. “Comentem e tirem suas conslusões (sic)”, finaliza Bolsonaro.





























A postagem pode ter sido motivada pelas críticas direcionadas ao presidente no Carnaval 2019 – um dos mais políticos dos últimos anos. Em blocos nas ruas de diversas cidades, Bolsonaro foi xingado e fantasias laranjas em referência ao caso Queiroz fizeram sucesso. Na Sapucaí, a escola Paraíso do Tuiuti ironizou falas do político. E em Olinda, o boneco representando o governante foi hostilizado por foliões.

Também na terça, Bolsonaro publicou um vídeo com ironias sobre arrecadações via Lei Rouanet após postagem de clipe Proibido o Carnaval, no qual Caetano Veloso e Daniela Mercury cantam sobre liberdade sexual e criticam eventual censura durante o Carnaval.
Hashtag sobre impeachment

Após a postagem do vídeo com conteúdo obsceno na noite de segunda-feira, diversos internautas disseram ter denunciado a postagem do presidente como conteúdo impróprio ao Twitter e a hashtag “#ImpeachmentBolsonaro” chegou ao topo dos Trending Topics durante a madrugada.

Paula Lavigne, mulher do músico Caetano Veloso, foi uma das pessoas que defenderam a abertura de processo de impeachment por um ato “incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”. Outros usuários afirmaram que a proposta é infundada, por se tratar de uma conta pessoal do presidente nas redes sociais.

Veja alguns tuítes que repercutiram o vídeo:












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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Maduro diz que Bolsonaro é um “Hitler dos tempos modernos”






























O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou hoje que o seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, é um “Hitler dos tempos modernos” e condenou as iniciativas económicas que tomou desde a sua chegada à presidência do Brasil.

Temos o Brasil nas mãos de um fascista (…). Bolsonaro é um Hitler dos tempos modernos. O que ele não tem é coragem ou decisão própria, é um fantoche de grupos e seitas”, disse Nicolás Maduro.

Apesar de ter criticado as “privatizações” de Bolsonaro, o Presidente da Venezuela salientou que são os brasileiros que têm de se preocupar com estas questões.

O povo brasileiro vai encarregar-se dele, vamos deixar o tema Bolsonaro para o belo povo brasileiro, que vai lutar e vai encarregar-se dele”, salientou.

Jair Bolsonaro, que assumiu em 01 de janeiro a presidência brasileira, acredita que a Venezuela vive numa "ditadura" e reiterou o seu total apoio à Assembleia Nacional (controlada pela oposição), "órgão constitucional eleito democraticamente".

Já Maduro, que tomou posse para um segundo mandato na quinta-feira perante o Supremo Tribunal no meio de vozes que não reconhecem a sua legitimidade, acusou o seu homólogo de receber ordens dos Estados Unidos da América, "para provocações militares no sul da Venezuela”, na fronteira dos dois países.

Maduro também criticou hoje o Presidente colombiano, Ivan Duque - outro adversário político que o aponta como ilegítimo -, a quem chamou de "demónio e a personificação do mal".







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domingo, 13 de janeiro de 2019

Bolsonaro considera "terrorismo" atos de violência no estado do Ceará

























As autoridades locais já registaram perto de 200 atos de vandalismo em 43 cidades do Ceará.


O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse este sábado que os atos de violência cometidos no Estado do Ceará devem ser qualificados de "terrorismo".
"Ao criminoso não interessa o partido desse ou daquele governador. Hoje ele age no Ceará, amanhã em SP [São Paulo], RS [Rio Grande do Sul] ou GO [Goiás]. Suas ações, como incendiar, explodir, ... bens públicos ou privados, devem ser tipificados como terrorismo", publicou o chefe de Estado de extrema-direita na rede social Twitter.
Desde 02 de janeiro, o estado do Ceará, no nordeste do Brasil, sofre uma grave crise de segurança, provocada por atos de vandalismo, na sua maioria incendiários, contra veículos, edifícios públicos e estabelecimentos comerciais.
As autoridades locais já registaram perto de 200 atos de vandalismo em 43 cidades do Ceará, um Estado pobre no coração do, tendo sido detidas mais de 300 pessoas.
No sábado à noite, um grande poste elétrico foi derrubado em Maracanaú, um subúrbio de Fortaleza, a capital do Ceará, tendo alguns bairros ficado privados de eletricidade por várias horas. Uma concessionária automóvel também foi atacada.
Na sexta-feira, Jair Bolsonaro já tinha vincado a "urgência" de mudar a atual legislação para combater a violência e prometeu "mão dura".
Lusa




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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Bolsonaro pede urgência na mudança da legislação para travar violência


























Onda de violência no noroeste do país traduziu-se em 187 atos de vandalismo em 43 cidades, na sequência dos quais foram detidas 287 pessoas.

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, reiterou esta sexta-feira a "urgência" de mudar a atual legislação para combater a onda de violência que o país tem vivido e que, na última semana, envolveu atos de vandalismo em 43 cidades.

A posição do chefe de Estado brasileiro, que defende a liberalização da distribuição de armas à população, foi feita ao referir-se a um vídeo que mostra os efeitos da onda de violência no estado do Ceará, em que se vê um edifício em chamas e um homem ameaçando verbalmente Bolsonaro.

"Observa-se a necessidade mais que urgente de mudar a legislação com a participação de todas as esferas de poderes e imprensa. Não porque um marginal faz ameaças citando o meu nome, mas para mostrar ao povo ordenado de que lado estão os poderes Executivo, Legislativo e Judicial", escreveu o Presidente brasileiro, numa mensagem divulgada na sua conta na rede Twitter.

Numa segunda mensagem, publicada também hoje, minutos depois, Bolsonaro sublinha que são precisos mecanismos que permitam enfrentar os delinquentes que "sabem exatamente o que fazem".

"Sabem exatamente o que fazem e porquê! Combatê-los é simples e rápido, mas requer que os poderes permitam mecanismos para realmente defender a população! Só fazemos a nossa parte; porém, são necessárias ações para que os agentes de segurança possam dar a efetiva resposta", assegurou.

O estado do Ceará, no noroeste do país, sofre desde há nove dias uma grave crise de segurança, provocada por dezenas de atos de vandalismo, na sua maioria incendiários, contra veículos, edifícios públicos e estabelecimentos comerciais.

Esta onda de violência aparente ser orquestrada por fações criminais que operam a partir do interior das prisões, realçou o Presidente brasileiro, que prometeu "mão dura" contra a delinquência e o envio para a região de centenas de agentes da Força Nacional de Segurança.
Lusa



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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Bolsonaro "terá de fazer muitos disparates para que não corra bem"

Global: Bolsonaro "terá de fazer muitos disparates para que não corra bem"























Paulo Portas, na sua rubrica semanal no Jornal das 8 da TVI - "Global" -, abordou vários temas que estão em cima da mesa e que vão, ou já estão, a marcar o mundo neste ano que ainda agora começou.




Começando por Espanha, o nosso "principal parceiro comercial", o comentador da TVI disse que o cenário de eleições antecipadas "é inevitável". 



Mais tarde ou mais cedo vai haver eleições" disse. 


Paulo Portas alertou para os riscos de umas eleições antecipadas em Espanha, nomeadamente, o de Pedro Sanchéz não as ganhar. 

Sanchéz, que queria eleições muito rápido, neste momento, não tem orçamento, a Catalunha também não tem orçamento. A economia já estava perto dos 3% e está-se a aproximar dos 2%. E corre o risco de se houver eleições não as ganhar". 

Fez ainda uma breve referência à política de imigração do presidente espanhol, que levou a um aumento 124% de imigrantes no país, depois de Itália ter fechado os portos. O que fez com que Espanha se tornasse no país que mais imigrantes recebeu da União Europeia.


   Brexit "sem acordo"?


Na próxima semana, mais concretamente no dia 14, começa a votação ao acordo que Theresa May fez com a União Europeia sobre o Brexit. Paulo Portas diz o "acordo suave" não vai resultar e que o cenário mais provável é o de um Brexit sem acordo.




Neste quadro, a menos que aconteça alguma coisa nova e substancial, o que eu acho mais previsível, para lá de novos adiamentos, é um Brexit sem acordo" e justifica "eu não vejo como é que sem votos dos trabalhistas, a senhora May consegue compensar os conservadores que acham que ela fez concessões a Bruxelas".


Aconteça o que acontecer, dia 29 de março o Reino Unido vai sair da União Europeia. 

Macron "perdeu contacto com a realidade"



No último sábado, os "coletes amarelos" decidiram, mais uma vez, sair e lançar o caos nas ruas de França. Paulo Portas diz que Emmanuel Macron "deixou as coisas agravarem-se".






Eu tenho a sensação que o presidente Emmanuel Macron já não retoma a mão, digamos assim. Ele perdeu o contacto com a realidade, fez uma muito implausível gestão da comunicação e deixou as coisas agravarem-se sucessivamente".



Afirmou ainda que Macron se deixa levar por questões que não são de maior relevo e que só o prejudicam. 

É um presidente muito acidental. Cai facilmente em questões que não são essenciais mas que o prejudicam". 

A economia não está num bom caminho e, num possível cenário de eleições em França, Portas diz que "ganharia a frente nacional".











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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Bolsonaro admite instalação de base militar dos EUA no Brasil

"A minha reaproximação com os Estados Unidos é económica, mas também pode ser militar", afirmou Bolsonaro durante a primeira entrevista televisiva enquanto Presidente.



















O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou na quinta-feira estar pronto para a instalação “no futuro” de uma base militar norte-americana em território brasileiro.

“Se pensarmos no que poderá acontecer no mundo, quem sabe se não teremos que discutir esta questão no futuro”, disse Bolsonaro, que foi empossado na terça-feira passada, em Brasília, como 38.º Presidente da República Federativa do Brasil.

Na quarta-feira, numa reunião na capital federal brasileira com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, Bolsonaro comprometeu-se a fortalecer a cooperação económica e na área da segurança, bem como na luta contra os "regimes autoritários" de Venezuela e Cuba.

Bolsonaro afirmou ainda estar preocupado com as manobras militares conjuntas, no início de dezembro, da Venezuela e da Rússia em território venezuelano, que incluíram dois bombardeiros estratégicos russos.

"Sabemos qual a intenção do Governo de [Nicolas] Maduro. O Brasil deve preocupar-se com isso", sublinhou.

Na opinião do Presidente brasileiro, durante os "últimos 20 ou 25 anos" as forças armadas brasileiras foram "abandonadas por causa de uma questão política" porque "são o último obstáculo ao socialismo".



Lusa





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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Bolsonaro retira população LGBT das diretrizes dos Direitos Humanos






















O presidente Jair Bolsonaro assinou na última terça-feira (1º), a medida provisória que retira a população LGBT da lista de políticas e diretrizes destinadas à promoção dos Direitos Humanos. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União, no primeiro dia do ano.

A decisão veio após a criação do Ministério da Mulher, da Família dos Direitos Humanos, que terá o comando de Damares Alves. A decisão do presidente envolve crianças, mulheres, adolescentes, pessoas com deficiência, população negra, índios e outras classes, excluindo as pessoas do grupo LGBT.

Caso a pauta LGBT possa trabalhar algum tipo de estrutura estará sob responsabilidade de duas secretarias: Nacional de Proteção Global e Nacional da Família.

O Conselho Nacional de Combate à Discriminação continua, mas terá a atividade de formular e propor ações governamentais. A população LGBT depende de pastas, que serão definidas em momento posterior.






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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Primeira medida de Bolsonaro foi aumentar o salário mínimo

























Horas depois da tomada de posse, Jair Bolsonaro assinou um decreto-lei que estabele o salário mínimo em 998 reais, mais 4% em relação ao ano passado.

Em euros, o salário mínimo no Brasil passa de 214 para 224 euros, ou seja, mais 10 euros. É o primeiro aumento do salário minimo em 3 anos.

O decreto já foi publicado no Diário Oficial da União e entra em vigor a partir de hoje.

Foi a primeira medida assinada pelo novo Presidente do Brasil, que tomou posse esta terça-feira.

VALOR ABAIXO DO ESTIMADO PELO GOVERNO CESSANTE

Apesar do aumento, o valor do salário mínimo fica abaixo dos 1006 reais (cerca de 227 euros) estimados pelo Governo cessante de Michel Temer no orçamento de Estado para este ano.
A diferença entre o valor inicialmente estimado no orçamento e o valor aprovado é justificado pela diminuição das estimativas da inflação, uma das variáveis incluída na fórmula de cálculo do salário mínimo no Brasil.
O reajuste do salário mínimo é tradicionalmente decretado nos últimos dias de dezembro, mas o Presidente cessante Michel Temer decidiu delegar o assunto no novo chefe de Estado.




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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Marcelo reúne-se com Bolsonaro na quarta-feira em Brasília

O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, vai reunir-se com o novo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na quarta-feira, em Brasília, no dia seguinte à sua posse, disse à Lusa fonte diplomática.

© TVI24 Foto Lusa

















O encontro está marcado para as 10:45 locais (12:45 em Lisboa), no Palácio do Planalto, adiantou a mesma fonte.

Marcelo Rebelo de Sousa chega hoje a Brasília, juntamente com o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, para assistir à cerimónia de posse de Jair Bolsonaro como Presidente do Brasil, que se realizará na terça-feira, dia 01 de janeiro.

O Presidente da República viajou de Lisboa no domingo, em voo da Força Aérea Portuguesa, com escala em Cabo Verde.

São esperados nesta cerimónia de posse, sobretudo, presidentes de países sul-americanos como Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Paraguai e Bolívia, e também os primeiros-ministros da Hungria, Viktor Orbán, e de Israel, Benjamin Netanyahu, e o secretário de Estado dos Estados Unidos da América, Mike Pompeo.

No dia 29 de outubro, um dia após a eleição de Jair Bolsonaro, o chefe de Estado português defendeu que Portugal e o Brasil "têm de se dar bem" e disse esperar "um trabalho em conjunto a nível de chefes de Estado" durante o mandato do novo Presidente brasileiro.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou, na altura, que "há uma comunidade portuguesa e lusodescendente fortíssima no Brasil, de várias gerações, e agora há uma comunidade brasileira fortíssima em Portugal".

O candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro, de 63 anos, capitão do Exército brasileiro na reforma, filiado no Partido Social Liberal (PSL), foi eleito o 38.º Presidente da República Federativa do Brasil, com 55,1% dos votos, na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras, no dia 28 de outubro.

O seu adversário, Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), obteve 44,9% dos votos, numas eleições com cerca de 147,3 milhões de eleitores inscritos, em que a abstenção registada foi de 21,3%, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil.



Fonte TVI24


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sábado, 29 de dezembro de 2018

Bolsonaro quer garantir por decreto direito à posse de armas de fogo

Rio de Janeiro, 29 dez (Lusa) – O presidente eleito do Brasil, o ultraconservador Jair Bolsonaro, anunciou hoje que pretende garantir, por decreto, o direito à posse de armas de fogo a pessoas sem antecedentes criminais.

© EPA / Joedson Alves Joedson Alves/EFE

















“Por decreto pretendemos garantir a POSSE de arma de fogo para o cidadão sem antecedentes criminais, bem como tornar seu registo definitivo”, lê-se numa publicação feita hoje na conta oficial de Jair Bolsonaro, na rede social Twitter.

O direito de posse de armas de fogo permite aos cidadãos tê-las em casa, mas não que as levem para outros locais, para os quais, de acordo com a legislação, é necessária uma autorização especial.

Jair Bolsonaro, capitão do exército na reserva e que sempre elogiou a ditadura militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985, considera que uma arma é “uma garantia de liberdade”, porque garante o direito a legítima defesa e, por isso, prometeu, durante a campanha eleitoral, flexibilizar o estatuto de posse de arma, caso fosse eleito presidente.



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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Primeiro-ministro israelita reúne-se com Bolsonaro no arranque da visita ao Brasil

O encontro entre Bolsonaro e Netanyahu marca uma tentativa de aproximação entre os dois países.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
























O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reúne-se hoje no Rio de Janeiro com o Presidente eleito brasileiro, Jair Bolsonaro, no início da sua visita oficial ao Brasil.
Segundo informações divulgadas pela embaixada de Israel no Brasil, Netanyahu também deverá comparecer na cerimónia de posse de Bolsonaro, que acontece no dia 01 de janeiro, em Brasília, embora a sua presença tenha gerado dúvidas devido a problemas políticos que o líder israelita enfrenta no seu país.
O encontro entre Bolsonaro e Netanyahu marca uma tentativa de aproximação entre os dois países que se tornou mais evidente em novembro passado, quando Bolsonaro disse, pouco depois de vencer as eleições presidenciais brasileiras, que pretendia mudar a embaixada do Brasil em Israel de Telavive para Jerusalém, a exemplo do que fez o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A mudança da embaixada causou polémica uma vez que vai contra o posicionamento histórico adotada pela diplomacia brasileira na disputa entre Israel e a Palestina pelo controlo de Jerusalém, contrariando também a posição dos países árabes, com os quais o Brasil realiza importantes negócios, mas também de deliberações da própria Organização das Nações Unidas (ONU).
O futuro Presidente eleito do Brasil também disse também na última terça-feira que pretende fazer parcerias com Israel para beneficiar o Nordeste do país, área onde historicamente existe seca e grande falta de água doce potável, em projetos de dessalinização de água.
"A parceria Brasil-Israel que beneficiará nosso Nordeste está muito bem encaminhada. Em janeiro, o futuro ministro Marcos Pontes visitará incitações de dessalinização, plantações e escritório de patentes Israel acompanhado pelo Ministro israelense de Ciência e Tecnologia", escreveu Bolsonaro na rede social Twitter.
"Poderemos, inclusive, negociar a instalação de fábrica no Nordeste para venda desses equipamentos no nosso mercado", acrescentou.





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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Bolsonaro convidou pastor para orar antes de diplomação e “constrangeu” ministros, diz jornalista




















O pastor Josué Valandro Jr. foi convidado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para participar de sua diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e conduziu um momento de oração antes da cerimônia, numa ala reservada aos ministros e convidados.

Ao longo de sua oração, Valandro agradeceu a Deus pelo processo eleitoral ter transcorrido dentro da normalidade, apesar das “inseguranças”, e pediu que Deus capacite o novo governo para transformar a realidade do país.



“Te suplico que a escolha do povo seja agraciada com toda manifestação de amor e de bondade do céu. Que haja sabedoria sobre o presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro, sobre toda a equipe de ministros, sobre cada escalão de governo”, afirmou o pastor, que lidera a Igreja Batista Atitude, no Rio de Janeiro. A futura primeira-dama Michelle Bolsonaro é membro da denominação.


“Senhor, aqui estão os homens e mulheres que o Senhor permitiu que estivessem à frente da Nação, e em especial, o Teu servo, Jair Messias Bolsonaro. Por isso eu te suplico que o Senhor venha com graça, com bondade, com glória sobre a nação. Que o Teu Espírito Santo tome o coração de todos nós”, orou o pastor.

Estiveram presentes na sala durante a oração os ministros do TSE, incluindo a presidente Rosa Weber, e os parlamentares Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados, e Eunício Oliveira (MDB), presidente do Senado.

De acordo com o jornalista Bernardo Mello Franco, de O Globo, “a oração constrangeu alguns dos presentes”, que teriam ficado incomodados com o convite de Bolsonaro a um pastor. “Um ministro disse ao blog que o tribunal não é o local apropriado para manifestações religiosas”, acrescentou.

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